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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 1 de julho de 2024 às 10h55.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 16h08.
Principal plataforma de crédito agrícola subsidiado do país, o Plano Safra 2024/25 é ansiosamente aguardado pelo agronegócio nacional. Previsto para ser lançado nesta quarta-feira, 3, o montante a ser liberado deve atingir R$ 475,50 bilhões, conforme anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e confirmado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira
De acordo com Teixeira, o lançamento será realizado em duas fases: às 10h da manhã, será anunciado o Plano para a agricultura familiar, enquanto o Plano Safra 2024/25 para o empresariado será divulgado às 15h, no Palácio do Planalto.
O setor de agricultura empresarial receberá R$ 400,58 bilhões em crédito, com R$ 293,88 bilhões destinados ao custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos. Já a agricultura familiar contará com R$ 74,98 bilhões em crédito para apoiar suas atividades.
Em entrevista à Rádio Princesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, que o Plano Safra que será lançado na quarta-feira será "extraordinário". "Nós já fizemos no ano passado o maior programa de financiamento de agricultura da história deste país. Vamos fazer agora, de manhã, para o pequeno e médio proprietário, para a agricultura familiar, e vamos fazer de tarde para o agronegócio, na quarta-feira”, disse. “Quarta-feira, vamos fazer", anunciou o chefe do Executivo.
Segundo divulgado, o custo com equalização de juros do Plano Safra terá um aumento de 23%, totalizando R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional destinará R$ 6,3 bilhões para equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Já para a agricultura familiar, o investimento será de R$ 10,4 bilhões, ante R$ 8,5 bilhões liberados no ano passado.
De acordo com Lula, o objetivo é fortalecer o agronegócio brasileiro por meio de uma política agrícola forte. "Serão dois grandes programas de financiamento, juros subsidiados, para que as pessoas possam continuar trabalhando, porque eu acho que nós temos que levar em conta que o agronegócio hoje é responsável por grande parte da riqueza deste País, e é importante que continue assim”, disse o presidente.
A bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados espera um montante de R$ 20 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).