EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

PIB do Agronegócio avança no trimestre e deve ultrapassar R$ 2,6 trilhões em 2023

Análise de Cepea e CNA projeta que o setor responderá por 24,4% do PIB nacional, puxado por safra recorde e crescimento da pecuária

PIB do Agro: No primeiro semestre do ano, o ramo agrícola acumula um avanço de 0,84% no PIB (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Divulgação)

PIB do Agro: No primeiro semestre do ano, o ramo agrícola acumula um avanço de 0,84% no PIB (Wenderson Araujo/Trilux/Sistema Senar-CNA/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 29 de setembro de 2023 às 13h30.

Após recuar em 2022, o PIB do agronegócio brasileiro tem se recuperado e pode fechar este ano em R$ 2,63 trilhões. A projeção, feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cita que o setor deve responder por 24,4% do PIB do Brasil em 2023, considerando o desempenho da economia brasileira até o momento.

A estimativa é calculada a partir de dois indicadores principais. No caso do PIB-volume, que é baseado no critério de preços constantes, o valor previsto para este ano é o maior da série histórica iniciada em 1996. Já considerando o PIB-renda, que reflete a renda real do setor, o desempenho só é inferior ao registrado em 2021, que foi de R$ 2,7 trilhões.

Leia também: Gestora AGBI quer chegar a R$ 1 bilhão, da terra degradada à agricultura regenerativa

No segundo trimestre, o avanço do PIB do agro foi de 0,27%, o que levou o acumulado anual para 0,50%. Entre os motivos, estão a safra recorde no campo e o crescimento da produção pecuária. Por outro lado, os pesquisadores avaliam que os números só não foram melhores devido a um recuo significativo nos preços de produtos importantes, como algodão, café, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, boi gordo e frango vivo.

Resultados por setor

No primeiro semestre do ano, o ramo agrícola acumula um avanço de 0,84% no PIB, com destaque para a alta de 4,76% no setor primário, 1,3% nos agrosserviços e 0,7% na agroindústria. Em contrapartida, os insumos tiveram uma queda de 14,52%.

Já no ramo pecuário, o acumulado é uma redução de 0,4%, com variação negativa em insumos (-3,11%), setor primário (-1,19%) e agroindústria (-0,23%). A exceção é o segmento de agrosserviços, que registra um desempenho positivo de 0,63% no semestre.

Leia também: Produção recorde de grãos movimenta mais de R$ 28 bilhões em fretes no Brasil

Considerando apenas o segundo semestre, o Cepea observa que, no ramo agrícola, houve uma continuidade na desvalorização nos preços de fertilizantes e defensivos. Por outro lado, isso ajudou a impulsionar a agroindústria entre abril e junho.

Na pecuária, a queda nos preços das rações se acentuou no trimestre. Os agrosserviços ligados ao segmento, entretanto, registraram crescimento em decorrência das maiores produções de animais vivos e de derivados na agroindústria.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioPIB

Mais de EXAME Agro

União Europeia aprova adiamento em 12 meses da implementação da lei 'antidesmatamento'

Enquanto Defesa entra no debate, ministérios do agro devem escapar de corte de gastos

Safra 2025/26: SLC Agrícola projeta margens apertadas e rentabilidade semelhante à de 2024/25