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Brasília: A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga a expectativa para a produção nacional de café, com base no primeiro levantamento de campo, feito por técnicos da companhia nos principais estados produtores do grão (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 10h21.
Última atualização em 6 de janeiro de 2023 às 10h24.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) confirmou na noite desta quinta-feira (5) que o deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS) será o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A confirmação do MDA ocorreu por meio de um aviso para coletiva de imprensa, enviado pela assessoria de imprensa, com o ministro Paulo Teixeira para anúncio de Pretto no comando da estatal.
O PT havia definido a indicação do nome de Pretto para a empresa pública, dependendo apenas do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem apurou que a chancela do presidente foi dada a Teixeira em reunião do ministro com Lula.
O deputado, que concorreu ao governo do Rio Grande do Sul, é ligado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e tem atuação parlamentar voltada à agricultura familiar. Apesar de sua derrota nas urnas, o PT via a necessidade de mantê-lo em projeção para retornar a disputa ao governo gaúcho em 2026, já que sua votação no último pleito foi considerada "expressiva" pelas lideranças da legenda.
Nesta semana, Pretto disse à reportagem que avaliaria com Teixeira a possibilidade de assumir a estatal. O deputado antecipou também as prioridades na nova gestão, como retomar estoques reguladores e estruturar políticas de apoio aos pequenos produtores, além da manutenção das atuais políticas de abastecimento e de apoio ao agronegócio.
A estatal, que saiu da gestão do Ministério da Agricultura para o MDA, é alvo de queda de braço entre a ala governista ligada ao agronegócio e a ala da agricultura familiar. Um grupo ligado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ainda articula a gestão compartilhada da estatal, contrariando as lideranças petistas, o que deve ser inviabilizado pela oficialização de Pretto.
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