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Padilha condena invasão a terras produtivas da Embrapa

Ministro diz que há formas mais efetivas para atingir objetivos da reforma agrária. Para ele, invasões não atrapalham pauta do governo no Congresso

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, inaugura o Super Centro Carioca de Vacinação, no Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, inaugura o Super Centro Carioca de Vacinação, no Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Izael Pereira
Izael Pereira

Reporter colaborador, em Brasília

Publicado em 18 de abril de 2023 às 17h50.

Última atualização em 18 de abril de 2023 às 17h59.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), condenou, nesta terça-feira, 18, a invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a um terreno da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, em Pernambuco. Na avaliação do ministro, "há outras formas de lutar" pela Reforma Agrária.

“Eu condeno veementemente qualquer atitude que possa atrapalhar a produção, nós temos outros instrumentos melhores e mais efetivos para as bandeiras que possam ser levantadas para a conquista desses interesses”, disse.

Veja também: Padilha diz que fala de Lula sobre Rússia e Ucrânia "tem a ver com interesses econômicos"

O ministro também afirmou que o governo está tomando medidas muito importantes de fortalecimento da agricultura familiar no país, como o Programa de Aquisição de Alimentos. Segundo ele, haverá "apoio decisivo para a agricultura familiar". "Para quem é agricultor, vai viabilizar inclusive as atividades produtivas nos assentamentos”, afirmou.

“É muito importante viabilizar economicamente os assentamentos rurais que nós temos, melhorar a qualidade de vida nesses territórios, porque boa produção da agricultura familiar significa comida saudável na mesa do nosso povo”, defendeu.

Padilha, no entanto, negou que as invasões possam atrapalhar o apoio da bancada ruralista em causas tidas como fundamentais pelo governo, como o marco fiscal, a Reforma Tributária e as 12 medidas provisórias (MPs) pendentes. “Não sofrem qualquer tipo de interferência porque a gente tem visto um ambiente muito positivo para aprovação até o final do primeiro semestre”.

Invasões do MST

Desde o início do mês, o MST já ocupou nove fazendas em Pernambuco, incluindo o terreno da Embrapa. As ações no estado causaram apreensão na governadora Raquel Lyra (PSDB), que se reuniu com um grupo de representantes do MST, na noite desta segunda-feira, no Palácio do Campo das Princesas.

Como parte do chamado "abril vermelho", o Movimento dos Sem Terra (MST) invadiu no domingo uma área de preservação ambiental e de pesquisas genéticas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco.

Pela manhã, a Embrapa repudiou a invasão. Segundo nota divulgada pelo órgão, a ação "atingiu áreas de preservação da caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção". A postura crítica é um aceno do governo ao movimento ruralista, que vem criticando a falta de um posicionamento de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a escala de invasões promovidas pelo MST, chamada de "abril vermelho".

A empresa informa na nota divulgado que a invasão à área da Embrapa já está trazendo danos à condução de seus trabalhos e ao planejamento da execução de projetos e ações de pesquisa, e “que incluem parceiros com quem temos estabelecido avanços de cooperação que repercutirão em resultados de alto potencial de adoção junto aos produtores do Semiárido", afirma o texto.

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