EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313
GOV. MT 500X313
Logo Engie preto
btgpactual-advisors_fc7f32

Ovos: exportações aumentam 18% em junho e podem crescer ainda mais, avalia Cepea

Foi o terceiro mês consecutivo de crescimento, marcando o melhor desempenho desde fevereiro deste ano

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 8 de julho de 2024 às 11h58.

As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, totalizaram 1,606 mil toneladas em junho, mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados e analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O volume representa um aumento de 18,6% em relação a maio, impulsionado principalmente pelas compras do Catar este é o terceiro mês consecutivo de crescimento, informou o Cepea nesta segunda-feira, 8.

"O Brasil possui condições privilegiadas no mercado global, com uma capacidade significativa de produção e alta competitividade devido aos custos relativamente baixos. Essa posição confortável é reforçada pelo crescimento das exportações de ovos em 168% no ano passado, alcançando 25,4 mil toneladas, embora ainda seja modesto em relação à produção total brasileira", afirma Fernando Iglesias, coordenador de Pecuária e Setor Carnes de SAFRAS & Mercado.

Segundo o Cepea, junho foi o terceiro mês consecutivo de crescimento, marcando o melhor desempenho desde fevereiro deste ano. No entanto, os embarques ainda estão significativamente abaixo do registrado em junho de 2023, com uma queda de 65,8%. "Há espaço considerável para expansão no mercado global, dado o entendimento sólido do Brasil sobre a demanda global por proteínas de origem animal", avalia Iglesias.

Ainda, segundo o coordenador, os embarques de ovos têm sido puxados pela dinâmica excelente nas exportações brasileiras nos últimos meses. Contudo, diz Iglesias, é importante mencionar que "esse mercado ainda é pequeno em comparação com a viticultura de corte e a carne de frango, nas quais o Brasil tem uma presença robusta".

Para Iglesias, o padrão de qualidade na produção de ovos do Brasil é o diferencial competitivo frente a outros países. "A sanidade animal é crucial neste contexto, pois o Brasil mantém seu plantel avícola comercial protegido contra problemas sanitários como a influenza aviária, garantindo alta competitividade de preço. Além disso, a recente desvalorização do real em relação ao dólar [...] tem fortalecido ainda mais a competitividade das exportações brasileiras", diz.

No mercado doméstico, conforme apontam as pesquisas do Cepea, a liquidez permanece baixa no início de julho, com pouca variação nos preços na maioria das regiões monitoradas.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgriculturaAgropecuáriapecuáriaExportações

Mais de EXAME Agro

Após renúncia de executivos, Agrogalaxy entra com pedido de recuperação judicial

Broto, do BB, anuncia Evaldo Gonçalo como novo CEO

JBS vai produzir biogás com empresa dos EUA

O boom dos mirtilos no Peru: uma revolução agrícola que transformou o mercado global