EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

Nutrien fortalece operação e anuncia novo diretor para América Latina

Multinacional, uma das maiores fabricantes de fertilizantes do mundo, pretende ampliar presença no continente, com destaque para o Brasil, onde deverá investir R$ 600 milhões

Aplicação de fertilizante: Nutrien, um dos maiores fabricantes mundiais do setor, escolhe novo diretor de varejo para América Latina (Getty Image/Getty Images)

Aplicação de fertilizante: Nutrien, um dos maiores fabricantes mundiais do setor, escolhe novo diretor de varejo para América Latina (Getty Image/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 12 de abril de 2022 às 15h16.

Considerada uma das maiores fabricantes de fertilizantes do mundo, com forte participação também na distribuição de insumos, a Nutrien escolheu seu novo diretor de operação de varejo para a América Latina. O executivo Carlos Brito, atual diretor de operações de varejo no Brasil, ocupará o posto, respondendo pelas atividades da área na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. Brito continuará se reportando ao presidente da Nutrien na América Latina, André Dias.

“Este é um passo importante em nosso modelo de gestão, que nos permitirá alcançar uma maior integração entre os países onde estamos presentes na América Latina”, diz Brito. “Evoluímos nosso trabalho para olharmos as oportunidades que temos através das fronteiras, o que vem nos permitindo criar oportunidades para melhor servir os agricultores na região”.

Quer saber mais sobre o agronegócio? Assine gratuitamente a newsletter EXAME AGRO

Com operações nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e na América Latina, a multinacional de origem canadense avalia novas aquisições no Brasil. A intenção é investir cerca de 600 milhões de reais este ano para expandir os negócios no país – parte dos recursos deverá ser direcionada a quatro unidades de fabricação de adubo.

Como parte da estratégia de negócios e ampliação da capilaridade no mercado brasileiro, no ano passado a empresa adquiriu as redes de varejo de insumos agrícolas Terra Nova, de Minas Gerais, e a Bio Rural, do Mato Grosso do Sul. O resultado financeiro tem crescido no país: o faturamento aumentou de 1,8 bilhão de reais em 2020 para algo ao redor de 3 bilhões de reais em 2021.

Mundialmente, a Nutrien também tem registrado números positivos. No passado, o lucro chegou a 3,2 bilhões de dólares, um recorde. Trata-se de uma alta de 563% em relação ao exercício anterior.

Com a crise global de fertilizantes, causada pela guerra na Ucrânia e as sanções à Rússia, um dos maiores produtores mundiais do insumo, o mercado tem procurado alternativas para suprir a demanda. O Brasil, um dos líderes globais do agronegócio, importa 85% dos fertilizantes consumidos pela agricultura -- cerca de 23% vinham da Rússia antes do início da guerra.

A Nutrien já anunciou que, caso o conflito no Leste Europeu se prolongue, poderá aumentar a produção de potássio, uma das principais matérias-primas do adubo. O Canadá é o terceiro maior produtor do nutriente do mundo – o primeiro lugar é ocupado pela Rússia, seguida pela Bielorrússia, também objeto de sanções. De acordo com a direção global da Nutrien, a empresa deve vender 14,3 milhões de toneladas de potássio este ano, um recorde.

Notícias exclusivas de agro e o que movimenta o mercado

Você já conhece a newsletter semanal EXAME AGRO? Você assina e recebe na sua caixa de entrada as principais notícias sobre o agronegócio, assim como reportagens especiais sobre os desafios do setor e histórias dos empreendedores que fazem a diferença no campo.

Toda sexta-feira, você também tem acesso a notícias exclusivas, o que move o mercado e artigos de especialistas.

Clique aqui e assine gratuitamente a newsletter EXAME AGRO

 

 

 

 

Acompanhe tudo sobre:CanadáExecutivosFertilizantesGuerrasUcrânia

Mais de EXAME Agro

'Devemos tratá-los como nos tratam', diz governador do MT após decisão do Carrefour

Depois do Carrefour, mais um grupo varejista francês anuncia boicote à carne do Mercosul

Safra recorde deve impulsionar crescimento de 7,6% no valor da produção agropecuária em 2024/2025

Economia forte e menos poluição: como os brasileiros veem lei que impulsiona biocombustíveis no país