Uma forte frente fria chega ao centro-sul do Brasil nesta quinta-feira, 8, e deve derrubar as temperaturas nos próximos dias, informou a Climatempo. Com a chegada do ar mais frio, a expectativa é de que as chuvas diminuam gradativamente na Região Sul do país até sexta-feira 9, mas a umidade continuará alta.
A queda acentuada nas temperaturas pode afetar de diferentes maneiras as culturas agrícolas. Um dos principais riscos é o aumento da probabilidade de geada, que pode prejudicar as safras em andamento, como a do trigo — o que é particularmente preocupante para as regiões produtivas do Sul do Brasil.
De acordo com a Climatempo, as temperaturas cairão de forma brusca, com a possibilidade de precipitação invernal entre a madrugada e a manhã de sexta-feira no sul do Rio Grande do Sul, e uma pequena chance de neve nas áreas mais altas das serras gaúchas e catarinenses, como São José dos Ausentes, Urupema, Urubici e São Joaquim.
A precipitação invernal ocorre quando as condições atmosféricas são tão frias que a água se congela, o que pode resultar em neve, granizo ou chuvas congelantes. Esses tipos de precipitação são comuns em regiões onde as temperaturas permanecem abaixo do ponto de congelamento durante o inverno.
No sábado 10, as temperaturas continuarão a cair, especialmente na madrugada e no início da manhã, com uma leve possibilidade de neve nas serras do RS e SC, mas sem precipitação invernal no sul do Rio Grande do Sul.
A massa de ar polar deve persistir nos próximos dias, com temperaturas mínimas abaixo de 4°C em muitas cidades do Sul do Brasil, elevando o risco de geada em grande parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste sábado e domingo, 11.
No Paraná, o impacto do frio intenso sobre o milho de segunda safra pode ser mínimo, pois a colheita está quase concluída. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Deral), 92% das lavouras de milho de segunda safra já foram colhidas, conforme o levantamento mais recente divulgado na terça-feira, 6.
Segundo o Deral, a colheita está se aproximando do fim e, embora a produtividade esteja abaixo da média, isso não ocorre de forma generalizada.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)
Frente fria chega em São Paulo
Antes do início do frio intenso, nuvens carregadas começaram a se deslocar do Rio Grande do Sul para o Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira. Na sexta-feira, a frente fria alcançará a região Sudeste, trazendo chuvas irregulares para São Paulo e o sul de Minas Gerais.
A partir de quinta-feira, a frente fria começará a afetar o Sudeste e provoca um resfriamento em São Paulo — a circulação de ventos que transportam umidade do mar pode causar chuvas esparsas no sul e leste do estado, incluindo o litoral, segundo o Climatempo.
À medida que a frente fria avança para o oceano Atlântico, as chuvas devem cessar até o final do fim de semana. No entanto, as chuvas continuarão no extremo norte da região Norte e no sul da Bahia.