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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 6 de agosto de 2024 às 12h22.
Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 13h14.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou nesta terça-feira, 6, o fim do estado de emergência zoossanitária no estado do Rio Grande do Sul, em razão da detecção do vírus da doença de Newcastle (DNC) em uma granja no estado.
De acordo com a pasta, a exportação de produtos avícolas e material genético será restrita apenas à região de 10 km ao redor do foco da doença de Newcastle — a medida serve para limitar a propagação da doença, enquanto as condições de vigilância epidemiológica permanecem em vigor.
Dentro da área monitorada pelo serviço veterinário oficial, continuam sendo aplicados procedimentos especiais para produtos destinados ao mercado doméstico — esses procedimentos podem incluir exigências de termoprocessamento antes da comercialização.
A declaração de estado de emergência para a doença de Newcastle foi publicada em 19 de julho e tinha validade de 90 dias.
No mês passado, o Mapa suspendeu as exportações de carne de frango, ovos e outros produtos avícolas para os Estados Unidos, China e Argentina, permitindo apenas o envio de produtos do Rio Grande do Sul para outros destinos internacionais. A medida foi tomada depois da confirmação de Newcastle em uma granja de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.
No dia 26 de julho, o Mapa notificou para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) a conclusão dos trabalhos de limpeza e desinfecção do foco e, na semana seguinte, foram comunicados os resultados das ações de vigilância mantidas na área, que indicaram não haver novos casos suspeitos para a doença.
O setor produtivo aguarda a retomada das exportações, especialmente para a China, que é o principal mercado para os produtos brasileiros. A China representa 60% da exportação que foi suspensa.
Segundo a OMSA, a anomalia é uma doença viral contagiosa que afeta várias espécies de aves, assim como répteis e mamíferos, e até mesmo o homem. A infecção ocorre quando há determinados critérios de virulência, incluindo o índice de patogenicidade intracerebral e a presença de múltiplos aminoácidos básicos.
A principal forma de transmissão do vírus da doença de Newcastle ocorre por meio de aerossóis, que são pequenas partículas no ar provenientes de aves infectadas. Além disso, o vírus pode ser transmitido por meio de produtos contaminados, como equipamentos e alimentos que tiveram contato com aves doentes.