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Mulheres no agro: JBS forma primeira turma de gestoras em propriedades agrícolas; conheça o projeto

Iniciativa capacita 30 mulheres e alavanca empreendedorismo feminino no agronegócio, com aumento de 7% no faturamento de participantes

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 6 de julho de 2024 às 06h30.

Última atualização em 6 de julho de 2024 às 15h19.

A gigante de alimentos JBS formou a primeira turma, composta por 30 mulheres, de gestoras em propriedades agrícolas. A iniciativa faz parte do programa Mulheres Superagro, que oferece suporte e ferramentas para alavancar o empreendedorismo feminino no agronegócio — produtoras rurais que administram granjas integradas da Seara foram as primeiras participantes do projeto.

Segundo Pauline Bellaver, especialista de sustentabilidade da Seara, controlada pela JBS, o programa representa mais um passo importante da companhia para o setor, capacitando as empreendedoras do segmento para que alavanquem suas carreiras.

“Ficamos muito felizes pela oportunidade de contribuir com a vida profissional, e até mesmo pessoal, de tantas mulheres líderes e incríveis. Ao longo da primeira turma, pudemos observar a evolução das nossas integradas diariamente, o que nos motiva – ainda mais – para criarmos turmas e seguirmos ajudando nossas parceiras de perto”.

Ao longo da primeira edição, o programa ofereceu capacitação em administração de propriedades rurais, com módulos que vão da gestão de pessoas, gestão financeira, temas jurídicos e tributários, além de práticas de produção sustentáveis e bem-estar animal – levantamento conduzido em 2023, pela Seara, aponta que 41% das propriedades integradas ao negócio são gerenciadas por mulheres.

Proprietária de uma granja localizada em Tupandi (RS), a avicultora Ivinice Schneider foi uma das participantes do primeiro Mulheres Superagro, encerrada em maio. Ela conta que a experiência resultou em um aumento de 7% em seu faturamento, além de ter contribuído para melhorar ainda mais a qualidade dos produtos. “Os resultados positivos só tendem a melhorar dia após dia, o que mostra que estou no caminho certo”, afirma [...] o Mulheres SuperAgro me ajudou enxergar e valorizar como mulher à frente do meu negócio, com trocas de experiências entre todas nós”, afirma.

Com videoaulas de 1h30 e encontros presenciais quinzenais, a primeira edição do programa teve duração de sete meses, com foco nos temas de autoconhecimento, sustentabilidade, capacitação técnica e empreendedorismo.

Rosane Bertolin, que também participou da primeira edição e é responsável por uma granja localizada em Passo Fundo (RS), afirma que a experiência a ajudou a dominar estratégias de gestão. “O Mulheres SuperAgro fez toda a diferença na minha vida, pois aprendi a direcionar e delegar as tarefas para a minha equipe e, com isso, ganhei mais tempo para me dedicar a outras questões importantes na administração”, afirma a empreendedora.

De acordo com a especialista da Seara, os ganhos para as empreendedoras vão além da questão financeira e podem contribuir para o desenvolvimento pessoal dessas mulheres gestoras. “Ouvimos muitos relatos das participantes de que o curso contribuiu não só para a vida profissional, mas também para a vida pessoal delas, ajudando, inclusive, a melhorar a autoestima e o posicionamento dessas mulheres em diferentes perspectivas, como o posicionamento na fala, em reuniões de trabalho e em funções de liderança, por exemplo [...] também incentivamos a autonomia e, consequentemente, o empreendedorismo e a independência”, diz Bellaver.

JBS prepara edição para 2025

Com previsão de lançar uma nova turma em 2025, Bellaver está otimista com a iniciativa e defende que a proposta reforça a participação feminina no agronegócio. Para a especialista, são programas como o Mulheres Agro que podem fazer a diferença no dia a dia dessas mulheres. “A iniciativa do Mulheres no SuperAgro se propõe a trazer uma percepção de pensar globalmente e agir localmente, gerando novas possibilidades para essas mulheres, e promovendo conhecimento que impacta economicamente e socialmente a família da produtora e de toda a comunidade no entorno”, afirma.

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