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Sede do BNDES, em Brasília (DF) (Miguel Ângelo/CNI/Flickr/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 2 de maio de 2024 às 16h54.
Última atualização em 2 de maio de 2024 às 17h00.
O Ministério da Agricultura estuda a criação de uma linha de crédito para cooperativas do agronegócio junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A modalidade de financiamento foi debatida em reunião na terça-feira, 30, entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além da diretoria do banco e de representantes de cooperativas, informou a pasta em nota.
A ideia é fornecer mais recursos às cooperativas para investimento agroindustrial no longo prazo a juros mais atrativos que o atual do mercado e período extenso para pagamento.
O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin, disse à reportagem que a linha é direcionada a investimentos agroindustriais das cooperativas, o que inclui fiação, indústria de etanol de milho, indústria de produção de carnes e lácteos.
"Uma possibilidade levantada é o Fundo Clima poder financiar juros de etanol com juros de 7,15% ao ano em reais (6,15% de juros e 1 ponto percentual de spread bancário). Vamos reunir a área técnica do banco com cooperativas para mostrar as possibilidades. Outra alternativa é o financiamento com recursos internacionais — chinês ou japonês — para estruturação de outros fundos", afirmou Augustin à reportagem.
Segundo ele, 15 cooperativas de estados como Paraná, Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais participaram do encontro. "Primeiro ampliaremos o acesso de linhas já disponíveis do BNDES e veremos se há necessidade de ajustes ou de criação de outras linhas", afirmou.
Fávaro disse ainda, na nota da pasta, que a iniciativa visa à agroindustrialização e à verticalização da produção agropecuária a cooperativas de porte médio que buscam financiamentos mais atrativos.
"Apresentamos ao BNDES cooperativas de produtores muito organizados com capacidade de gestão excepcional que se juntaram em cooperativas para ganhar escala e agora estão vocacionados a verticalizar a produção, quer seja com etanol de milho, fiação de algodão, industrialização de leite, de derivados, e que esperam do banco o amparo para financiamentos atrativos para isso", relatou o ministro.
Mercadante, do BNDES, afirmou que o banco está comprometido com o desenvolvimento do agronegócio. "É fundamental para o país fortalecer o cooperativismo", pontuou na nota.