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Milho: Exportações brasileiras somam mais de 4 milhões de toneladas e batem recorde para julho

Mato Grosso exportou 17,54% a menos no mês, segundo o IMEA, por causa da prolongação do período de escoamento da soja

Colheita de milho no Mato Grosso (Mayke Toscano/Secom-MT/Divulgação)

Colheita de milho no Mato Grosso (Mayke Toscano/Secom-MT/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de agosto de 2023 às 11h01.

O Brasil enviou ao exterior 4,23 milhões de toneladas de milho no mês de julho, 2,70% a mais que no mesmo mês do ano passado, registrando volume recorde para o período, de acordo com a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC).

Com o volume exportado, o país se encaminha para escoar no ano o volume de 50 milhões de toneladas de milho, conforme o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

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Do volume exportado, Mato Grosso foi responsável por escoar 2,54 mi/tons em julho, 17,54% a menos que no mesmo período do ano anterior, diz o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Para o órgão, a retração foi pautada pela prolongação do período de escoamento da soja neste ano, que acabou aumentando a competitividade com o milho nos terminais de embarques.

Em relação ao mês de agosto, o instituto mato-grossense estima que com a finalização da colheita de milho no estado e a necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, "a tendência é que os volumes escoados aumentem como já acontece sazonalmente”, aponta o IMEA.

Por fim, o boletim chamou a atenção sobre a questão logística do alimento. “Será ainda mais desafiadora diante da expectativa de exportação de 30,12 mi de toneladas para a safra 22/23”, afirma o documento.

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Produção mundial

Ao olhar para a produção mundial de milho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta uma estimativa de 1,21 bilhões de toneladas. De acordo com o relatório de oferta e demanda para a safra 23/24, divulgado na última sexta-feira, 11, o volume foi revisado para baixo, com recuo de 0,90% ante a previsão divulgada em julho.

Na avaliação do IMEA, este declínio foi pautado, principalmente, pela menor produção dos Estados Unidos e da China, com redução de 1,37% e 1,07%, respectivamente.

A consultoria hEDGEpoint Global Market diz que o Relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE), realizado pelo USDA, mostrou que a produtividade do cereal caiu conforme era esperado. Ainda assim, com grandes ajustes na demanda, os estoques finais ficaram próximos das estimativas.

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O relatório do USDA também aponta o aumento na produção no Brasil e na Ucrânia. No entanto, as exportações da Ucrânia permaneceram inalteradas, dado a expiração do Corredor de Grãos. "Portanto, o aumento da oferta no Mar Negro provavelmente afetará apenas os preços domésticos”, dizem os analistas de grãos da hEDGEpoint.

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