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Milho despenca mais após pior semana para grãos desde 2016

Preços afundam com temores de recessão e conversas sobre abertura de corredor de exportação para o Mar Negro; mercados permanecem incertos

Preços do milho despencam com temores de recessão (Dado Galdieri/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Preços do milho despencam com temores de recessão (Dado Galdieri/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 28 de junho de 2022 às 14h01.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 14h58.

O milho caiu para o preço mais baixo em quatro meses com a melhora das condições climáticas em partes do Hemisfério Norte e as preocupações sobre a economia mundial.

Os futuros de referência em Chicago afundaram até 4,4%, para US$ 6,4425 o bushel, o menor preço desde fevereiro. A queda ocorre em meio a temores de recessão que pesam sobre os preços das commodities, enquanto chuvas devem aliviar as preocupações com uma seca nos EUA e outras regiões.

O Bloomberg Grains Spot Subindex, que acompanha os futuros de trigo, milho e soja, caiu 8,4% na semana passada, a maior perda desde junho de 2016.

“Os futuros caíram devido a temores de recessão e conversas sobre uma potencial abertura do corredor de exportação do Mar Negro”, disse Daniel Flynn, analista do Price Futures Group, em nota na segunda-feira.

A perspectiva de oferta é menos favorável em outros lugares. As estimativas para a safra de trigo na França continuam a diminuir, e tempestades atrasam o início da colheita. As exportações da União Europeia serão mais necessárias após a invasão da Ucrânia pela Rússia ter dificultado os embarques do Mar Negro. Dados dos EUA nesta semana mostrarão se o plantio correspondeu às expectativas.

“Os mercados permanecem incertos, misturados entre geopolítica, recessão econômica e dificuldades logísticas ligadas ao conflito na Ucrânia”, disse a Agritel, com sede em Paris.

Do lado da demanda, a Arábia Saudita reservou 495 mil toneladas de trigo em um leilão.

A recente liquidação de grãos pode ter sido muito rápida em relação aos fundamentos, de acordo com o Goldman Sachs.

“Acreditamos que o mercado agora está subestimando os riscos de alta no milho e na soja, mesmo que continuemos esperando que esses riscos se moderem em nosso cenário base durante o verão”, disse o banco.

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