O fenômeno climático La Niña deve chegar em outubro, de acordo com a nova atualização do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NCEP).
Durante um evento de La Niña, a temperatura do Oceano Pacífico na região tropical fica abaixo da média, e esse resfriamento provoca uma série de efeitos climáticos, que incluem chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas em algumas áreas da América do Sul.
A previsão anterior era de que o La Niña ocorresse entre agosto e setembro, ou seja, ainda no inverno brasileiro, entretanto, o fenômeno deve ter início na primavera e ter fraca intensidade, segundo o CPC/NCEP.
Apesar de a taxa de resfriamento da temperatura da superfície do mar (SST) ter sido mais lenta do que se esperava, "as condições ainda são favoráveis para o desenvolvimento de La Niña nos próximos meses", afirmou o órgão em nota.
Isso ocorre porque as temperaturas abaixo do normal no subsolo e os ventos de leste fracos continuam a criar um ambiente propício para esse fenômeno climático.
A previsão é de que o fenômeno traga alívio para produtores agrícolas que enfrentaram sérios problemas recentemente – isso inclui a possibilidade de compensar os danos causados por secas severas na África e das enchentes históricas no Rio Grande do Sul, por exemplo.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)
Como La Niña afeta o Brasil?
No Brasil, o fenômeno La Niña pode influenciar diretamente as principais culturas agrícolas, como soja, café e açúcar. Segundo previsões climáticas, o La Niña deverá impactar o país durante o verão de 2025, apresentando uma tendência de enfraquecimento a partir de fevereiro.
Para o período entre fevereiro e abril de 2025, a expectativa é que o fenômeno evolua para condições neutras, com alta probabilidade.
No Brasil, as atenções estão voltadas para o Centro-Oeste e o Sul, regiões responsáveis por mais de 80% da produção de soja, com destaque para os estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A previsão de um clima mais seco nessas áreas preocupa, já que pode afetar diretamente o desempenho dessas lavouras, principalmente durante a fase crítica de desenvolvimento da safra.
Inclusive, em algumas regiões dos estados do Paraná e Mato Grosso o plantio da soja está atrasado por causa do clima seco que tem predominado.
Na temporada 2023/24, o Brasil estava no caminho de alcançar uma produção recorde de 150 milhões de toneladas de soja, mas a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou essa estimativa para 147,38 milhões de toneladas, refletindo os desafios climáticos que o país já enfrentou.
Segundo a Climatempo, se o La Niña se confirmar, as regiões Norte e Nordeste devem receber mais chuvas do que o habitual, o que pode beneficiar a agricultura local. No entanto, a situação no Sul do país poderá ser inversa, com redução significativa nas chuvas, aumentando o risco de geadas tardias e estiagem durante o verão.