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Inpasa anuncia usina de etanol de milho de R$ 2,4 bilhões em Goiás

Nova unidade terá capacidade anual para processar 2 milhões de toneladas de grãos

Biorrefinaria da Inpasa em MS: novas oportunidades na exportação de etanol (Leandro Fonseca /Exame)

Biorrefinaria da Inpasa em MS: novas oportunidades na exportação de etanol (Leandro Fonseca /Exame)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 16h26.

A Inpasa anunciou nesta quinta-feira, 30, o início da construção de sua nova unidade em Rio Verde (GO). A usina de etanol de milho contará com investimentos de R$ 2,4 bilhões e será a primeira no estado de Goiás.

A nova unidade terá capacidade para processar 2 milhões de toneladas de grãos anualmente, resultando na produção de 1 bilhão de litros de etanol, 490 mil toneladas de DDGS (ração proteica para bovinos, suínos e aves), 47 mil toneladas de óleo vegetal e uma geração estimada de 345 mil GWh de energia elétrica a partir de biomassa.

"No coração do Centro-Oeste, a nova biorrefinaria impulsionará a rotação de culturas, ampliará o uso de energia limpa e fortalecerá a competitividade regional com base na bioeconomia", afirmou Eder Lopes, presidente da Inpasa.

A escolha de Rio Verde é estratégica, já que a cidade possui o maior PIB agropecuário de Goiás e lidera a produção de milho no Brasil, com mais de 2 milhões de toneladas a cada safra, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento.

A Inpasa, fundada por José Odvar Lopes, registrou um faturamento de R$ 376 milhões em 2019 e projeta atingir R$ 24 bilhões em 2025.

O Brasil é um dos maiores produtores de etanol do mundo, com uma produção anual de 36 bilhões de litros — 72% provenientes da cana-de-açúcar, e 28%, do milho. Na safra 2024/2025, o país gerou 10,2 bilhões de litros de etanol de milho, com 50% desse total vindo das usinas da Inpasa.

Neste ano, a companhia concluiu a construção de duas novas fábricas e já iniciou a construção de sua sexta unidade na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, com expectativa de começar a operação em 2026 e potencial de adicionar mais 500 milhões de litros de capacidade à produção de etanol.

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