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Índia deve limitar exportações de açúcar e apertar oferta global

As exportações totalizarão 6,1 milhões de toneladas no atual ano-safra iniciado em 1º de outubro

A produção da Índia deve ficar em 34 milhões de toneladas nesta temporada, menos do que a estimativa anterior de 36,5 milhões, e menor que as 35,8 milhões de toneladas produzidas no ano comercial anterior (Dhiraj Singh/Bloomberg/Getty Images)

A produção da Índia deve ficar em 34 milhões de toneladas nesta temporada, menos do que a estimativa anterior de 36,5 milhões, e menor que as 35,8 milhões de toneladas produzidas no ano comercial anterior (Dhiraj Singh/Bloomberg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 16h46.

A Índia, segunda maior produtora mundial de açúcar, deve limitar as exportações em pouco mais de 6 milhões de toneladas nesta temporada e exacerbar a preocupação com escassez que já elevou os preços em Nova York a uma máxima de mais de seis anos.

As exportações totalizarão 6,1 milhões de toneladas no atual ano-safra iniciado em 1º de outubro, segundo a Associação Indiana de Usinas de Açúcar, que cortou sua previsão de 9 milhões. É uma indicação de que o governo — que já havia permitido 6 milhões de toneladas a serem embarcadas — dificilmente aprovará volumes adicionais.

Os preços do açúcar bruto são negociados no nível mais alto desde o final de 2016, com operadores apostando que a produção mais fraca na Índia levará o governo a restringir as exportações. O país quer proteger o abastecimento interno e garantir a estabilidade de preços. O secretário de Alimentos, Sanjeev Chopra, disse que uma decisão sobre as exportações será feita em fevereiro, levando em consideração produção e a demanda local.

A produção da Índia deve ficar em 34 milhões de toneladas nesta temporada, menos do que a estimativa anterior de 36,5 milhões, e menor que as 35,8 milhões de toneladas produzidas no ano comercial anterior.

“A produção de cana-de-açúcar em Maharashtra está abaixo do esperado devido ao clima adverso e isso vai reduzir a produção geral do país”, disse Aditya Jhunjhunwala, presidente da associação, em entrevista por telefone.

“Não vamos pedir mais exportações ao governo. Agora vamos nos concentrar em completar a cota atual. Faremos uma revisão novamente em março, depois de analisar a produção real ”, disse ele.

O país é o maior exportador mundial de açúcar depois do Brasil. Seus clientes incluem Indonésia, Bangladesh, Malásia e Emirados Árabes Unidos. A Índia também é o maior consumidor de açucar e, como o Brasil, desvia parte da safra de cana para a produção de etanol.

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