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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 20 de junho de 2024 às 07h00.
Última atualização em 21 de junho de 2024 às 13h20.
Os portos do Paraná registraram aumento anual de 14% nas importações nos primeiros cinco meses de 2024, passando de 9,074 milhões de toneladas para 10,336 milhões de toneladas, informou na quinta-feira, 20, a Portos do Paraná, órgão responsável pela administração dos portos de Paranaguá e Antonina, por onde acontece o escoamento marítimo do estado
Entre as commodities que mais cresceram no período, destaca-se o trigo, com um aumento de 28% na movimentação. A commodity passou de 134.607 toneladas no ano passado para 171.849 toneladas este ano – o crescimento foi impulsionado principalmente pela baixa qualidade do produto colhido no Brasil na última safra.
Segundo Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos, a melhoria na infraestrutura das malhas ferroviária e rodoviária que chegam até os portos paranaenses deve proporcionar condições ainda mais favoráveis para a movimentação.
"O estado está ampliando a infraestrutura portuária com a maior obra pública do segmento no Brasil, no valor de R$ 600 milhões. Para os próximos sete anos, a expectativa é de investimentos superiores a R$ 10 bilhões na malha rodoviária", afirmou.
No Brasil, há atualmente 36 portos públicos organizados, que englobam tanto aqueles administrados diretamente pela União Federal por meio das Companhias Docas quanto os geridos por entidades municipais, estaduais ou consórcios públicos, conforme classificação oficial.
Para o segundo semestre, a expectativa é de crescimento ainda maior por causa da vantagem comercial oferecida pelos portos do Paraná. “O crescimento na importação mostra que temos estrutura e logística eficientes para operar estas cargas e atender a demanda de mercado", disse Garcia.
A movimentação de malte, essencial para a indústria cervejeira nacional e produzido a partir da cevada, registrou um aumento de 5%. Os desembarques da commodity subiram de 215,9 mil toneladas no ano passado para 227,3 mil toneladas este ano.
Os contêineres também apresentaram alta expressiva na movimentação, saltando de 231.269 TEUs para 320.054 TEUs, o que equivale a um crescimento de 38%. Os setores de eletroeletrônicos, químicos e automotivos foram os responsáveis por impulsionar esse aumento nas importações de contêineres.
Por outro lado, a movimentação de fertilizantes teve uma leve queda de 1% no período, totalizando 3,903 milhões de toneladas. Apesar disso, o Paraná continua sendo o principal ponto de entrada do insumo no Brasil, com uma capacidade estática de armazenagem que ultrapassa 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes.