EXAME Agro

Há fortes indícios de que o foco da gripe aviária está contido, diz ministro da Agricultura

Até o momento, 12 casos estão sendo investigados pelo Serviço de Defesa Agropecuária (SDA)

 (Mapa/Divulgação)

(Mapa/Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 23 de maio de 2025 às 18h14.

Última atualização em 23 de maio de 2025 às 18h24.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta sexta-feira, 23, que o foco de gripe aviária registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, está contido.

“Apesar de termos um sistema muito ativo de busca por casos para garantir transparência e eficiência ao sistema de resguardo brasileiro, nenhuma outra ave morreu. Portanto, isso é um forte indício de que o caso está controlado”, disse à imprensa.

Até o momento, 12 casos estão sendo investigados pelo Serviço de Defesa Agropecuária (SDA).

Na quinta-feira, 22, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esclareceu que as investigações seguem em andamento em amostras coletadas em granjas comerciais nos municípios de Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC).

Segundo o comunicado, as análises iniciais apontaram para resultados com baixa carga viral ou possível degradação do material genético viral, o que inviabilizou o sequenciamento direto do vírus.

Dessa forma, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência do Mapa e credenciado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), adotou o protocolo internacional preconizado para esses casos.

As amostras estão sendo inoculadas em ovos embrionados para isolar o patógeno e aumentar a quantidade de material genético disponível para a realização de provas complementares.

Brasil livre da gripe aviária

Também na quinta-feira, o Mapa informou que o serviço veterinário oficial concluiu a limpeza e a desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi confirmado um foco de gripe aviária na sexta-feira, dia 16.

Com isso, a partir desta quinta-feira tem início o período de 28 dias de vazio sanitário, conforme previsto nos protocolos internacionais. Caso não haja registro de novos focos nesse intervalo, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.

Em razão da confirmação da doença na semana passada, até o momento, 19 países e a União Europeia — formada por 27 nações — suspenderam as aquisições da proteína e de subprodutos de aves de todo o Brasil.

Outros 16 mercados fecharam para o Rio Grande do Sul, e dois impuseram restrições específicas ao município gaúcho de Montenegro, onde está localizada a granja contaminada.

Acompanhe tudo sobre:Gripe aviáriaChinaAgricultura

Mais de EXAME Agro

Após Trump pedir mais compra de soja americana, China defende maior cooperação agrícola entre países

Com alta nos preços do cacau, chocolate fica mais caro — e situação só deve melhorar em 2026

O mecânico 'louco' e irlandês que ajudou a fundar e — construir — um mercado de R$ 845 bilhões

Como o investimento público pode ser a 'receita' para potencializar o agro, segundo esse executivo