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Frete sobe 11% em fevereiro puxado por safra de soja, mostra IFR

Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta do preço médio do frete por quilômetro foi de 20%

Caminhões parados esperam para descarregar carga de grãos em Ecopatio de Cubatão, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters/Reuters)

Caminhões parados esperam para descarregar carga de grãos em Ecopatio de Cubatão, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de março de 2023 às 20h04.

O preço médio do frete por quilômetro aumentou 11% ante janeiro e fechou a R$ 7,88 em fevereiro, apontam os dados do levantamento do Índice de Frete Repom (IFR). O aumento foi impulsionado pelo frete do agronegócio, que subiu 27% na comparação mensal, e pelo início da safra de soja, já que o custo do transporte da oleaginosa aumentou 10%. Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta do preço médio do frete por quilômetro foi de 20%.

A fatia que corresponde ao diesel na composição do frete em fevereiro foi de 37,63%. Além disso, no dia 17 de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a nova tabela do piso mínimo do frete, com redução de -5,72%, resultado da oscilação para menos no preço final do diesel S-10.

Impacto dos juros no frete

"Mesmo com a redução no valor do combustível e, como consequência, no piso mínimo da tabela do frete, além dos reflexos do segmento agro e da soja, temos outro item que vem ganhando relevância na composição do preço do frete por quilômetro rodado e se mantém em alta, que é o impacto dos juros", disse o diretor da Repom, Vinicios Fernandes, em nota. "Um contexto de altas taxas dificulta o acesso dos caminhoneiros ao crédito para capital de giro e para o financiamento de equipamentos. Além disso, o aumento pelo embarcador no prazo de pagamento do frete sobrecarrega ainda mais o bolso dos profissionais da estrada e diminui seu poder de compra.

O IFR é um índice do preço médio do frete levantado com base nos 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom, marca da Edenred Brasil de soluções de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga. A empresa atende a mais de 1 milhão de caminhoneiros em todo o Brasil.

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