EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

Frente parlamentar da agropecuária defende punição de trama golpista

Grupo também disse ser 'inadmissível' comprometer imagem do setor

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 07h36.

Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 07h39.

A frente parlamentar da agropecuária defendeu a identificação e punição dos responsáveis pela trama golpista de 2022, mas destacou que é "inadmissível que ações isoladas sejam usadas para generalizar e comprometer a imagem de um setor econômico". Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o dinheiro entregue por Braga Netto em uma caixa de vinho, para financiar o plano para matar autoridades, “foi obtido junto ao pessoal do agronegócio”.

"A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reforça a importância de que as investigações sejam conduzidas com urgência e rigor, apurando todos os indícios de ações criminosas de forma imparcial. Defende-se que os responsáveis sejam identificados e punidos com o máximo rigor da lei, independentemente da atividade econômica de eventuais envolvidos. Contudo, é inadmissível que ações isoladas sejam usadas para generalizar e comprometer a imagem de um setor econômico composto por mais de 6 milhões de produtores e que desempenha papel fundamental no desenvolvimento do país".

A FPA também defendeu que a investigação ocorra de maneira legal, transparente e equilibrada.

"A FPA destaca a necessidade de que as investigações sejam conduzidas de forma legal, transparente, equilibrada e em estrita observância ao que determina a Constituição Federal".

Segundo Cid, em uma "reunião no Palácio do Planalto ou na Alvorada", Braga Netto "entregou o dinheiro que havia sido solicitado para a realização da operação". De acordo com a versão do ex-ajudante de ordens, o general "afirmou à época que o dinheiro havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio".

“O Coronel De Oliveira esteve em reunião com o colaborador e o General Braga Netto no Palácio do Planalto ou da Alvorada, onde o General Braga Netto entregou o dinheiro que havia sido solicitado para a realização da operação. O dinheiro foi entregue numa sacola de vinho. O general Braga Netto afirmou à época que o dinheiro havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”, diz trecho do depoimento de Cid prestado à PF.

Diálogos obtidos pela Polícia Federal durante a investigação sobre a trama golpista mostram que o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira – que foi preso em fevereiro após operação – discutiu com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para custear a ida de manifestantes a Brasília.

Conforme as investigações, o montante teria sido levantado para a execução da trama golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia ganhado as eleições naquele ano contra o então presidente Jair Bolsonaro. O valor teria sido acertado em uma reunião na casa do general ocorrida no dia 12 de novembro, em Brasília.

Acompanhe tudo sobre:Congresso

Mais de EXAME Agro

Bancada do agro se articula para derrubar veto de Lula sobre tributação de Fiagros

Açúcar atinge menor preço em quatro meses, mas mercado ainda prevê riscos

Exportações de suco de laranja amargam no primeiro semestre da safra 2024/25

Os 3 motivos que fazem o Santander apostar suas fichas na SLC Agrícola