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Exportações de carne bovina do Brasil batem recorde em julho e avançam 17% antes do tarifaço

China foi o principal destino da proteína brasileira, com 160,6 mil toneladas

Exportações: a carne bovina in natura representou a maioria das exportações, com 276,9 mil toneladas (88,27% do total), registrando um crescimento 16,7% em comparação com julho de 2024 (Freepik)

Exportações: a carne bovina in natura representou a maioria das exportações, com 276,9 mil toneladas (88,27% do total), registrando um crescimento 16,7% em comparação com julho de 2024 (Freepik)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 17h50.

As exportações de carne bovina do Brasil bateram recorde em julho, totalizando 313.682 toneladas, um aumento de 17,2% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), sendo divulgados nesta quarta-feira, 13. Em termos financeiros, as exportações geraram US$ 1,67 bilhão.

A China foi o principal destino da proteína brasileira, com 160,6 mil toneladas (51,2% do total), totalizando US$ 881,9 milhões, alta de 16,7% em relação a julho do ano passado.

Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com 18,2 mil toneladas (US$ 119,9 milhões), seguidos pelo México (15,6 mil toneladas; US$ 88,3 milhões), Rússia (13,8 mil toneladas; US$ 61,5 milhões) e União Europeia (11,8 mil toneladas; US$ 99,4 milhões).

A carne bovina in natura representou a maioria das exportações, com 276,9 mil toneladas (88,27% do total), registrando um crescimento 16,7% em comparação com julho de 2024.

A exportação de miúdos correspondeu a 6,23% do total, e a venda de produtos industrializados foi responsável por 3,27% — ambas as categorias apresentaram aumentos significativos em relação ao mês anterior.

Acumulado do ano

De janeiro a julho, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, gerando US$ 8,9 bilhões em receitas. Isso representa um aumento de 14,1% em volume e de 30,2% em valor na comparação com o mesmo período de 2024.

A China lidera as exportações anuais, com 801,8 mil toneladas (44,9% do total) e US$ 4,10 bilhões. Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com 199,7 mil toneladas (US$ 1,16 bilhão), seguidos pelo Chile (69,3 mil toneladas; US$ 373,3 milhões), México (67,7 mil toneladas; US$ 364,6 milhões) e Rússia (60 mil toneladas; US$ 252,6 milhões).

Entre os mercados com maior crescimento no acumulado do ano, destacam-se o México (+217,6%), União Europeia (+109,7%) e Canadá (+101,1%). Além disso, Angola (+49,3%), Geórgia (+10,8%) e Arábia Saudita (+26,9%) também registraram aumentos expressivos.

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