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Dia Mundial do Chocolate: afinal, por que o preço está tão alto? E quando vai cair?

Produção global ficou aquém da demanda por 3 anos seguidos, porém agora o cenário é mais favorável para a próxima safra. No Brasil, produto ficou 36% mais caro desde 2020

 (Fábrica da Garoto em Vila Velha, ES / Divulgação: Nestlé)

(Fábrica da Garoto em Vila Velha, ES / Divulgação: Nestlé)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 7 de julho de 2024 às 09h32.

Neste domingo, 7, se comemora o Dia Mundial do Chocolate. Mas, para os amantes da iguaria, o sabor pode ser um pouco amargo demais este ano. Afinal, os preços de chocolate não param de subir no mundo inteiro.

Este ano, a cotação internacional do cacau atingiu o recorde de US$ 10 mil por tonelada na Bolsa de Nova York. Por aqui, nos supermercados do Brasil, o preço do chocolate subiu nada menos do que 36% desde 2020.

LEIA MAIS: Cacau despenca quase 30% em "uma das semanas mais loucas" da história

A alta é reflexo direto de uma sucessão de safras aquém do esperado nos principais produtores globais de cacau. Foram três anos seguidos nos quais a produção de cacau ficou aquém da demanda – queimando os estoques do produto e levando os preços à estratosfera.

Um clima adverso e doenças devastadoras atingiram plantações na África Ocidental, sobretudo na Costa do Marfim e em Gana, os dois maiores produtores globais de cacau nos últimos anos. Na safra atual, segundo projeções da Organização Internacional do Cacau, houve um déficit global de 439 mil toneladas – ou seja, esse foi o quanto a demanda superou a produção no mundo inteiro.

Mas, agora, as estimativas são mais favoráveis. A corretora de commodities agrícolas Marex Group prevê que a produção de cacau vá superar a demanda em 303 mil toneladas na próxima temporada de 2024-25, que começa em outubro. Seria o primeiro ano de superávit após três déficits seguidos.

– A nova safra está se desenvolvendo com força – afirma Jonathan Parkman, chefe de vendas agrícolas da Marex.

Clima na África

O clima mais úmido na África Ocidental já ajudou a reduzir os preços do cacau. Os contratos futuros em Nova York recuaram mais de 30% desde o pico observado em abril. Mas os preços ainda estão cerca de 85% mais altos em 2024.

Leia também: Dia do Chocolate: 25 doces para provar em São Paulo

A demanda por cacau também deve ser fraca nos próximos meses, segundo as previsões da Marex.

– O principal efeito dos preços extremamente altos do cacau se manifestará na menor demanda nos próximos seis meses – disse Parkman.

Ou seja, se depender do cenário internacional, os preços do cacau – e, por tabela, do chocolate – devem dar ficar mais doces e suaves para o brasileiro nos próximos meses.

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