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Como fica a bancada do agro? Frente parlamentar reelege deputados

Presidente da frente parlamentar do agro, Sérgio Souza (MDB), do Paraná, continua na Câmara para mais um mandato e Tereza Cristina vai para o Senado; infraestrutura é pauta prioritária

Cargueiro com conteinêres no Rio: infraestrutura de transportes é um dos focos do agro no Congresso (Getty Images/Getty Images)

Cargueiro com conteinêres no Rio: infraestrutura de transportes é um dos focos do agro no Congresso (Getty Images/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 10h54.

Com 287 deputados federais reeleitos, um recorde dos últimos 28 anos, poucas mudanças são esperadas na Câmara. A Frente Parlamentar do Agronegócio, uma das mais importantes no Congresso, reelegeu 126 deputados. Outros 109 não exercerão um segundo mandato, enquanto seis conquistaram uma vaga no Senado, entre eles Laércio Oliveira (PP), de Sergipe, e Efraim Filho (União), do Paraná. A ex-ministra Tereza Cristina (PP) foi eleita pelo Mato Grosso, com 829.149 votos.

O atual presidente da FPA, o deputado Sérgio Souza (MDB) está entre os deputados reeleitos. Nesta segunda, dia 03, ele comemorava a vitória com corregilionários. “Estamos nos felicitando, telefonando um para o outro, mas daqui a pouco saberemos melhor como deve ficar a bancada do agronegócio”, disse. “Há uma série de pautas prioritárias que pretendemos levar adiante neste ano e em 2023”.

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Algumas, como o Projeto de Lei (PL) 1459/2022, da regulamentação do prazo para análise de novos agrotóxicos, estão em revisão no Senado. Outra pauta polêmica, o PL 2159, de 2021, que muda as regras do licenciamento ambiental, também segue em análise.

“Continuamos com atenção especial à otimização dos modais de transporte, que precisam ser melhorados para reduzir o custo de produção do agro”, diz Souza. Um dos leilões mais esperados pelo setor deve sair neste mês. O certame da nova Ferroeste, que vai conectar o Mato Grosso Sul, um dos maiores produtores de grãos do país, ao Paraná e Santa Catarina, deve ocorrer na Bolsa de Valores, em São Paulo, nas próximas semanas – a expectativa é que as obras tenham início em janeiro do ano que vem.

Ferrovias e transporte marítimo

A ferrovia deverá chegar até o porto de Paranaguá, no Paraná, pode onde é escoada boa parte da soja e milho produzidos no centro-oeste. Segundo maior porto do país, Paranaguá bateu um recorde de movimentação de grãos em agosto, com a exportação de 1,6 milhão de toneladas, 42% a mais em relação, segundo a administração do porto. Entre janeiro e agosto deste ano, foram embarcadas cerca de 13 milhões de toneladas de grãos, uma alta de 7,65% em relação ao mesmo período do ano passado.

Com terminais em Foz do Iguaçu e Cascavel, no Paraná, os 1.500 quilômetros da ferrovia também deverão permitir a captação de cargas do Paraguai e Argentina. O investimento inicial está previsto em 35,8 bilhões de reais.

O novo marco regulatório da navegação de cabotagem, aprovado no início deste ano, é outra iniciativa que vem impactando favoravelmente o agro. A nova lei instituiu a liberação progressiva para navios estrangeiros para o transporte de cargas pelo litoral e outras medidas que visam incentivar a concorrência no setor.

No primeiro semestre deste ano, o transporte de produtos por embarcações pela costa brasileira movimentou 140,6 milhões de toneladas, com um aumento de 2,3% do embarque de contêineres de grãos, carne de frango congelada, plásticos e máquinas, segundo a Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). “A melhoria da infraestrutura de transportes é fundamental para o crescimento dos setores produtivo e do agro”, diz Souza.

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