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(ANPr/Divulgação)
Bloomberg
Publicado em 13 de maio de 2021 às 20h17.
Última atualização em 14 de maio de 2021 às 02h36.
Kim Chipman e Isis Almeida, da Bloomberg
O clima seco no Brasil redireciona os fluxos comerciais e leva a China a comprar grãos dos Estados Unidos, o que impulsiona os preços globais. O Brasil costuma ser o maior mercado para o milho nesta época do ano, mas atrasos no plantio e a seca prejudicaram a safrinha. Como resultado, a China tem comprado regularmente milho dos EUA nas últimas duas semanas, disseram pessoas a par do assunto.
As compras da China pressionam a oferta global e já elevaram os preços ao nível mais alto em oito anos. Isso também aumenta o custo de rações para galinhas, suínos e vacas e gera temores de inflação dos alimentos.
Exportadores dos EUA venderam 680 mil toneladas de milho à China para entrega no ano comercial que começa em 1º de setembro, disse o Departamento de Agricultura dos EUA na terça-feira. Esse volume segue compras pesadas na segunda-feira e na semana passada. Muitas das vendas correspondem à safra dos EUA sendo plantada atualmente.
Historicamente, a China não tem sido um grande importador de milho, mas agora seus plantéis de suínos se recuperam mais rápido do que o esperado da peste suína africana. Fazendas profissionais estão substituindo as operações de menor porte, o que leva a uma maior demanda por grãos para ração, já que pequenos criadores tendem a alimentar porcos com restos de comida em vez de milho e farelo de soja.
Operadores acompanharão de perto o relatório mensal dos EUA sobre a oferta e demanda global na quarta-feira para ver quanto da demanda por ração está sendo transferida para o trigo devido à disparada dos preços do milho, segundo relatório de Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.
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