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Cargill inaugura fábrica de pectina no Brasil, a primeira fora da Europa

A fábrica é a única instalação de pectina da Cargill fora da Europa, onde possui três unidades do gênero

Cargill: a empresa, uma das maiores tradings de soja e milho do Brasil, havia anunciado a construção da nova planta em 2018 (Denis Balibouse/Reuters)

Cargill: a empresa, uma das maiores tradings de soja e milho do Brasil, havia anunciado a construção da nova planta em 2018 (Denis Balibouse/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 16h56.

Última atualização em 3 de setembro de 2021 às 17h43.

A unidade brasileira da companhia de commodities americana Cargill concluiu a construção de uma nova fábrica para produzir pectina, um subproduto de frutas utilizado em geleias, bebidas, laticínios e confeitaria, anunciou a empresa nesta sexta-feira.

A fábrica é a única instalação de pectina da Cargill fora da Europa, onde possui três unidades do gênero. A nova planta tornará a Cargill a segunda maior produtora mundial do ingrediente alimentício, disse em entrevista o diretor de amidos e adoçantes da empresa na América do Sul, Laerte Moraes.

Localizada perto do cinturão citrícola do Brasil – onde a Cargill terá casca de laranja como matéria-prima –, a fábrica deve ajudar a reduzir os custos de produção da empresa, já que atualmente duas de suas fábricas na Europa precisam importar cascas de laranja para então processá-las.

Segundo a companhia, a unidade brasileira atenderá principalmente aos mercados de exportação, especialmente clientes da Ásia, e empregará 120 pessoas.

O movimento da Cargill reflete uma necessidade de se equilibrar negócios de grande volume com margens mais baixas ao mesmo tempo que amplia a presença em segmentos de mercado com volumes menores, mas preços mais altos.

Trata-se também de uma resposta à evolução dos clientes industriais e das necessidades dietéticas dos consumidores. A demanda global por pectina, um ingrediente natural que pode ser utilizado na culinária e panificação como agente emulsificante, estabilizador e espessante, deve crescer até 4% ao ano, disse a Cargill.

A empresa, uma das maiores tradings de soja e milho do Brasil, havia anunciado a construção da nova planta em 2018. Embora os trabalhos tenham atrasado ligeiramente em 2020 devido às restrições relacionadas à pandemia de covid-19, a fábrica começará a operar neste mês, disse Moraes.

A nova instalação tem capacidade para produzir cerca de 6.000 toneladas de pectina por ano. Um quilo do produto pode custar de 15 a 20 dólares, segundo Moraes. Ele acrescentou que a Cargill investiu 550 milhões de reais na fábrica.

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