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Cargill entra — de vez — no setor de biocombustíveis e assume controle total da SJC Bioenergia

Empresa projeta atingir o volume equivalente a 11,5 milhões de toneladas de cana por safra até o final do ano fiscal de 2030; aquisição será submetida à análise do Cade

 (Denis Balibouse/Reuters)

(Denis Balibouse/Reuters)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 06h01.

A Cargill, gigante global de commodities agrícolas, anunciou nesta quinta-feira, 6, a aquisição do controle total da SJC Bioenergia. No ano passado, a empresa já havia adquirido 50% da companhia, e agora efetivou a compra dos 50% restantes.

“Nos últimos anos, investimos mais de R$ 6,8 bilhões em nossas operações e, se concretizada após a necessária aprovação dos órgãos reguladores, ter a SJC como uma empresa 100% controlada pela Cargill é um reforço importante em nossa estratégia de crescimento em energias renováveis”, afirma Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil, em comunicado.

Com a aquisição, a Cargill projeta atingir o volume equivalente a 11,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra até o final do ano fiscal de 2030.

Fundada em 2006 como Usina São João, a SJC Bioenergia atua no processamento de cana-de-açúcar e milho, produzindo açúcar bruto, etanol hidratado e anidro, óleo de milho, grãos secos de destilaria (DDGs) com alto teor de proteína e energia elétrica.

A empresa opera duas usinas agroindustriais, localizadas em Quirinópolis e Cachoeira Dourada, ambas em Goiás. Juntas, essas unidades têm capacidade para processar 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 2 milhões de toneladas equivalentes de milho.

Criada em 2011 como uma joint venture entre a Cargill e a Usina São João, a SJC Bioenergia surgiu visando expandir operações para o Centro-Oeste do Brasil. No entanto, a empresa enfrentou dificuldades por causa das mudanças nas políticas governamentais e oscilações nos preços do etanol.

A aquisição será submetida à análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e depende da aprovação do órgão para sua conclusão.

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