EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313
GOV. MT 500X313
Logo Engie preto
btgpactual-advisors_fc7f32

Boa Safra registra lucro líquido de R$ 18,1 milhões no segundo trimestre de 2024

"Continuamos com a expectativa de que, com mais investimento, novas pessoas, e infraestrutura aprimorada, conseguiremos alcançar o crescimento desejado para a companhia", diz o CFO

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 22h05.

Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 22h56.

A Boa Safra, líder na produção de sementes de soja e com atuação também em outras culturas, teve lucro líquido de R$ 18,1 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 34,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o resultado financeiro reportado pela companhia na noite desta quinta-feira, 8.

O lucro líquido ajustado da Boa Safra caiu 55,1% no segundo trimestre, para R$ 7,9 milhões – no segundo trimestre de 2023 a empresa teve um lucro líquido ajustado de R$ 17,6 milhões.

A receita operacional líquida registrou recuo anual 34,8%, de R$ 134,4 milhões para R$ 87,5 milhões.

O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 7,195 milhões no segundo trimestre deste ano, recuo de 66,9% sobre o Ebitda do mesmo intervalo de 2023. A margem Ebitda caiu 9,9 pontos percentuais, passando de 29,8% no segundo trimestre de 2023 para 19,8% no mesmo período de 2024.

A dívida líquida caiu R$ 223 milhões, saindo de R$ 345 milhões para R$ 122 milhões no período. Com isso, a relação dívida líquida/EBITDA – que mede a alavancagem de uma empresa – melhorou de 1,55x para 0,48x.

Expectativa é de que terceiro e quarto trimestre sejam superiores

Segundo a Boa Safra, entender a sazonalidade do agronegócio é essencial para avaliar os resultados companhia, já que o desempenho financeiro da empresa está estreitamente ligado ao ciclo de cultivo da soja, o que leva a uma concentração de custos e receitas em trimestres específicos.

“No primeiro e segundo trimestres, observamos um aumento significativo nos custos e despesas, em preparação para o faturamento esperado para os terceiros e quartos trimestres. Durante o segundo trimestre, enfrentamos uma redução nas vendas de grãos devido ao atraso na safra, o que resultou na entrada tardia dos grãos e na dificuldade de vender e processar o descarte de grãos em nosso beneficiamento”, afirmou à EXAME Felipe Marques, diretor financeiro da Boa Safra.

Ainda, de acordo com a empresa, mesmo em um ano marcado por mudanças climáticas que afetaram a produtividade da soja, a Boa Safra expandiu sua área dedicada à multiplicação de sementes e saiu de 144 mil hectares para 227 mil hectares em diversas regiões do país.

"Nosso sentimento é que a empresa se preparou bem para este ano. Aumentamos nossa capacidade instalada em 20%. Também expandimos a área plantada em 58%, o que exigiu um investimento maior para suportar esse crescimento [...] continuamos com a expectativa de que, com mais investimento, novas pessoas, e infraestrutura aprimorada, conseguiremos alcançar o crescimento desejado para a companhia", diz o diretor.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioBoa SafraResultadoLucro

Mais de EXAME Agro

Após renúncia de executivos, Agrogalaxy entra com pedido de recuperação judicial

Broto, do BB, anuncia Evaldo Gonçalo como novo CEO

JBS vai produzir biogás com empresa dos EUA

O boom dos mirtilos no Peru: uma revolução agrícola que transformou o mercado global