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Praia de Itanhaém: banhistas devem evitar contato direto com aves encontradas na praia (Flickr/ Prefeitura de Itanhaém)
Repórter de Agro
Publicado em 23 de dezembro de 2023 às 06h06.
Neste fim de ano, se estiver em uma praia e se deparar com aves que estejam feridas ou com aparência estranha, chame o serviço veterinário. O motivo: gripe aviária. A doença que atinge aves é geralmente retratada sob a ótica das granjas, da produção avícola, mas é um assunto que atinge também os banhistas.
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A influenza aviária não contamina seres humanos pelo toque, mas o contato direto pode virar um problema se o vírus for transmitido, por exemplo, pela roupa. Parece um cuidado em excesso, mas foi preciso a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) fazer uma campanha nacional de prevenção à gripe, voltada para turistas, frequentadores de praias e moradores de áreas litorâneas de todo o Brasil.
O motivo é o momento de migração das aves do Hemisfério Norte, onde a gripe aviária anualmente causa morte em plantéis inteiros. Para se ter uma noção, o Japão precisou abater 400.000 aves em novembro, devido à doença. Aqui no Brasil, isso não ocorre exatamente pelos esforços de controle sanitário não apenas da ABPA, mas de órgãos como Anvisa e Defesa Agropecuária.
Logo, as aves migratórias podem chegar ao litoral brasileiro e é preciso tomar cuidado para que a doença não seja 'transportada' da praia para o campo.
Para quem mora na cidade de São Paulo, ir para a praia e depois frequentar uma granja é algo quase inimaginável. Mas para o interior do estado e outros como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará, parte das pessoas que mora no campo vai à praia no Ano Novo. Depois, retorna de lá para pequenas e médias propriedades, cuja criação de aves é uma atividade financeira expressiva.
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Embora mais de 130 casos de gripe aviária tenham sido confirmados no Brasil neste ano, a ABPA afirma que nenhum esteve em granjas comerciais, ou seja, de onde é criado o frango para o consumidor. Ao contrário, parte das aves foi encontrada nas praias. Daí, o cuidado com o contato para os banhistas neste verão.
A orientação básica é: ao avistar um animal doente, se afaste, isole a área e chame o serviço veterinário oficial.
“Queremos reforçar a estratégia não apenas para proteger os plantéis avícolas, mas também para que as pessoas compreendam que aves selvagens aparentemente enfermas precisam de cuidados adequados, o que só pode ocorrer por meio de atenção médico-veterinária oficial ou outro profissional habilitado”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA.