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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 18 de junho de 2025 às 14h24.
Última atualização em 18 de junho de 2025 às 14h48.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou oficialmente, nesta quarta-feira, 18, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim do vazio sanitário, conforme os protocolos internacionais. Com a notificação, o Brasil se autodeclara livre da gripe aviária.
O período de vazio sanitário começou em 22 de maio, logo após a conclusão da desinfecção da granja localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi registrado, em 16 de maio, o primeiro e único foco da doença em granja comercial no país.
Com o encerramento desse período e sem novas ocorrências, segundo o Mapa, o Brasil concluiu todas as ações sanitárias exigidas, recuperando assim o status de livre da doença.
Durante 28 dias, 21 países suspenderam totalmente as importações, com destaque para a China, principal comprador, enquanto outros 15 limitaram as restrições apenas ao estado gaúcho.
Mesmo com as suspensões, o governo brasileiro seguiu negociando com os países para reduzir os entraves à carne de frango. Como resultado, apenas o México flexibilizou as restrições, limitando-as ao estado do Rio Grande do Sul.
Apesar das suspensões, o Brasil continuou exportando carne de frango e seus derivados para diversos mercados. Em maio, os embarques da proteína registraram queda de 12,9%, totalizando 393,4 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Com o fim do vazio sanitário, Ricardo Santin, presidente da ABPA, estima uma aceleração pontual das exportações para compensar o período de interrupção. No entanto, uma avaliação mais detalhada sobre o impacto nas projeções para este ano só será possível após julho.
De janeiro a maio, o volume exportado atingiu 2,256 milhões de toneladas, um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2024.
"Mesmo com as suspensões, as exportações de carne de frango superaram as expectativas do setor nos primeiros cinco meses do ano, mantendo a perspectiva de um fechamento positivo para 2025", afirma Santin.