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Anvisa proíbe venda de duas marcas de azeite de oliva; saiba quais são

Decisão foi motivada por graves irregularidades, como a ausência de comprovação da origem dos produtos e o uso de CNPJ suspenso nas rotulagens

 (Angel Garcia/Getty Images)

(Angel Garcia/Getty Images)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 26 de maio de 2025 às 17h52.

Última atualização em 26 de maio de 2025 às 18h08.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira, 26, a proibição da venda dos azeites de oliva extravirgem das marcas Grego Santorini, embalado pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda., e La Ventosa, da Caxias Comércio de Gêneros Alimentícios.

A medida determina a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso desses azeites.

Segundo a Anvisa, a decisão foi motivada por graves irregularidades, como a ausência de comprovação da origem dos produtos e o uso de CNPJ suspenso nas rotulagens.

A apreensão se soma a uma série de ações recentes do governo federal para coibir práticas fraudulentas no setor.

Na semana passada, o órgão de vigilância já havia proibido as marcas Alonso e Quintas D’Oliveira, que apresentavam informações falsas em suas embalagens e CNPJs inexistentes.

Além disso, em fevereiro deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou a retirada do mercado das marcas Doma e Azapa após análises laboratoriais constatarem a presença de outros óleos vegetais misturados ao produto, prática que configura fraude.

Cerca de 31 mil litros desses azeites foram recolhidos no Rio Grande do Sul.

O Mapa e a Anvisa alertam que o azeite de oliva é um dos alimentos mais fraudados no mundo, atrás apenas do pescado, e recomendam que os consumidores fiquem atentos à procedência, evitem preços muito baixos, azeite a granel e verifiquem as informações de validade e rotulagem antes da compra.

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