O presidente da ANP, Mahmud Abbas, apresentou um histórico pedido para que a ONU admita o Estado da Palestina como membro pleno (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 11h51.
Paris - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco, aprovou nesta terça-feira, durante sua conferência geral, a realização de uma votação para analisar a entrada da Palestina como membro de pleno direito.
Este era um dos principais pontos de sua agenda para esta reunião, que é realizada até o dia 10 de novembro. A ordem geral destes 17 dias foi aprovada sem objeções por parte dos representantes dos 193 membros.
A Palestina precisa de aprovação de dois terços dos participantes da Unesco para se transformar no Estado 194 da organização.
Fontes da Unesco explicaram à Agência EFE que não foi fixada uma data para analisar o pedido palestino, sobre o qual o comitê executivo da Unesco se mostrou favorável no dia 5 de outubro, com 40 votos a favor das 58 nações representadas.
A Palestina é até agora membro observador na Unesco. Com seu eventual ingresso como membro de pleno direito, poderia apresentar candidaturas ao Patrimônio da Humanidade, assinar convenções da organização ou organismos internos, o que lhes daria visibilidade internacional.
Essa iniciativa se inscreve dentro da batalha diplomática que os líderes palestinos exercem em nível internacional para serem reconhecidos como Estado, e é o ponto de maior interesse desta reunião que é realizada a cada dois anos.
O ato de abertura, que contou com a participação de ministros, secretários de Estado e embaixadores de cada um dos países-membros, foi conduzido pelo presidente da conferência, Davidson L. Hepburn, que deve ser sucedido nesta tarde pela húngara Katalin Bogyay.
A conferência também terá a presença de alguns presidentes e primeiros-ministros nos próximos dias.
O encontro decidirá a orientação e o orçamento da organização para 2012 e 2013, anos nos quais a Unesco pretende priorizar o desenvolvimento sustentável, a cultura da paz e da não violência, com ênfase particular na igualdade de gênero, na juventude e na educação para todos.
É a primeira conferência geral da diretora da Unesco, Irina Bokova, que chegou ao posto em outubro de 2009, e também terá uma sessão plenária especial para celebrar o 10º aniversário de adoção da declaração universal sobre diversidade cultural.