Soldados americanos em patrulha perto da base de Baraki Barak na província de Logar, Afeganistão, 11 de outubro, 2012 (Munir Uz Zaman/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 13h04.
Bruxelas - A Otan avalia a possibilidade de manter entre 8 mil e 12 mil soldados no Afeganistão após 2014, quando sua missão de combate será encerrada, confirmou nesta sexta-feira o ministro de Defesa afegão, Bismullah Khan Mohammadi.
"Em geral, o número varia entre 8 mil e 12 mil soldados", declarou Mohammadi, que, no entanto, ressaltou que a decisão final sobre o tema ainda não definida.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, não quis confirmar estes números, mas também não desmentiu as declarações de Mohammadi, deixando claro que todos os números correspondem ao total de soldados da Otan e não somente dos Estados Unidos.
Minutos antes de Panetta ter comparecido à entrevista coletiva, o ministro da Defesa da Alemanha, Thomas de Maizière, assegurou que os EUA planejavam contar com entre 8 mil e 12 mil soldados no marco da operação aliada no Afeganistão, uma afirmação que, posteriormente, várias fontes atribuíram a uma confusão.
"Discutimos um leque de opções", explicou Panetta, que precisou que todos os números sobre a mesa fazem referência ao "conjunto da força da Otan", incluindo a contribuição dos Estados Unidos como a do restante dos países presentes no órgão.
O chefe do Pentágono indicou que a presença exata das tropas americanas será definida mais adiante e especificou que, por enquanto, Washington não falará abertamente sobre números, já que pretende manter certa "flexibilidade".
Apesar da falta de definição sobre números, a Aliança volta a confirmar que sua nova missão depois de 2014 no Afeganistão, que estará centrada na formação e na assessoria do Exército afegão, será muito menor do que a atual.
Atualmente, a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), na qual a Otan possui auxílio de mais de 20 países, conta com cerca de 100 mil soldados, m as já chegou a contar com até 140 mil.
Neste ano, a Aliança dará sequência a sua operação de retirada, liderada pelos Estados Unidos, que nos próximos 12 meses reduzirá seu efetivo pela metade, até os 34 mil soldados.
Segundo Panetta, a intenção de Washington é manter 60 mil homens no terreno durante a "campanha de combates" que será desenvolvida nos próximos meses. No entanto, após o segundo semestre, esse retirada será mais intensa até fevereiro de 2014.
Em relação à missão após 2014, os aliados assinaram um acordo para que as forças europeias fiquem desdobradas em Cabul e em mais quatro centros regionais, onde desenvolverão o treinamento dos soldados afegãos.