Negócios

Eles começaram do zero e faturam milhões num setor difícil para quem está começando

Laura Pancini

28 de março de 2025 às 08:44

Largar empresas familiares para começar do zero não é decisão comum — ainda mais para empreender em um mercado tradicional como o de joias. Mas foi exatamente isso que fizeram Isabelle Argello e Carlos Ikehara Júnior

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A dupla trocou segurança por risco e, em apenas um ano, transformou a Azul Joias Brasil em um negócio de R$ 6 milhões em faturamento

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A Azul Joias nasceu com a proposta de criar uma pedra exclusiva, parecida com o diamante, mas acessível. A startup começou com vendas pelo WhatsApp, criou uma base fiel de clientes e, em apenas 12 meses, inaugurou sua primeira loja física no Shopping Morumbi, em São Paulo

Instagram/Captura de tela/

Isabelle, engenheira civil formada aos 22 anos, era sócia do pai em uma empresa milionária de construção e terraplenagem. Decidiu sair da sociedade aos 26 para empreender no próprio negócio. “Herdei da minha avó paterna a paixão por joias e do meu pai a inteligência financeira"

Carlos também seguiu um caminho semelhante. Cresceu na gestão da empresa da família, mas decidiu deixar tudo para apostar na Azul. “Sair da empresa familiar não foi fácil, mas vi aqui uma oportunidade única de criar algo grande”, afirma

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O encontro entre os dois aconteceu quando Isabelle procurava um sócio com visão de negócio e operação. Carlos, com experiência em gestão e estratégia, entrou para estruturar o modelo da startup.

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A ideia era criar uma pedra própria com brilho de diamante, vendida por um centésimo do preço. A produção foi viabilizada em Hong Kong, com patente registrada em vários países. A Azulight, como foi batizada, virou o centro da marca

O maior trunfo da marca é a pedra exclusiva. Mas o posicionamento também fez diferença. A Azul se recusa a usar termos como “réplica”, “semi-joia” ou “acessório”. Fala de tecnologia, inteligência de consumo e transparência de preços

Agora, o plano é abrir novas lojas, criar um modelo de revendas com presença em todos os estados e lançar duas coleções por ano. A meta para 2025 é crescer 300% e alcançar R$ 18 milhões em faturamento

Eles começaram do zero e faturam milhões num setor difícil para quem está começando