19 de maio de 2025 às 13:38
A vida dá voltas. Algumas retornam ao mesmo lugar, mas com outro papel. Em 1998, o paraibano Rouman Ziemkiewicz era operador de telemarketing em São Paulo, reativando assinaturas da revista Veja
Quase três décadas depois, ele lidera a Clash, grupo de investimentos focado em transformação digital, e volta ao setor de call center — agora do outro lado da linha, como comprador da empresa de recuperação de crédito GRB
A GRB, que fatura cerca de R$ 220 milhões ao ano, passa a integrar o ecossistema da Clash, que já inclui empresas como Mutant, Interaxa e Intervalor
A aquisição da GRB ocorre em um momento em que 80% das famílias brasileiras convivem com algum tipo de dívida ativa, segundo o Banco Central e a CNC. Juros altos e processos de cobrança ineficientes tornam o setor um alvo estratégico para inovação
A Clash pretende implantar sistemas de autoatendimento com IA generativa, já usados em outras empresas do grupo. A tecnologia permite conversas mais naturais entre bots e consumidores, reduzindo atrito e aumentando a eficiência
Fundada em 2016, a Clash já investiu R$ 6 bilhões em aquisições e transformação de empresas. O grupo atua no modelo de buy-and-build: compra negócios com potencial de crescimento, insere tecnologia e acelera resultados. Em 2025, a meta é ultrapassar R$ 1 bi em faturamento
A Clash pretende realizar ao menos mais duas aquisições em 2025. Uma delas será no próprio setor de cobrança, visando consolidar a liderança no segmento. A outra, ainda em sigilo, envolverá o lançamento de um novo produto.