11 de maio de 2025 às 06:38
Desde 2022, a distribuidora Disdal está sob o comando de Luciana Dal Berto e das filhas Carolyne e Rafaela. Elas assumiram a operação após a morte inesperada do fundador Clair Dal Berto, aos 50 anos. “De filhas do dono, viramos donas de uma hora para outra”, diz Carolyne.
A empresa cresceu 11% em 2023 e terminou o ano com faturamento de R$ 840 milhões.[/grifar] Agora, busca chegar a R$ 1 bilhão até 2025. “Nosso foco não é só faturamento. Queremos uma empresa inovadora e eficiente”, diz Luciana.
Em um mercado ainda dominado por homens, a gestão feminina da Disdal se tornou exceção. “Precisamos provar duas vezes mais que somos capazes”, afirma Luciana Dal Berto.
Nos anos 1980, Clair Dal Berto começou vendendo doces com uma Kombi no interior do Paraná. A partir desse início, construiu um dos maiores grupos de distribuição do Centro-Oeste.
A morte do CEO adiantou um processo que levaria anos. A gestão foi redistribuída entre as três mulheres em uma semana. “Nos primeiros meses, a gente estava no piloto automático”, lembra Luciana.
A Disdal optou por expandir onde já operava. O centro de distribuição de Brasília dobrou de tamanho e o de Goiás foi triplicado. “Escolhemos crescer com solidez, não por volume”, diz Rafaela.
Luciana e as filhas implementaram comitês consultivos e sistemas de gestão modernos. “Quando a decisão é compartilhada, o erro é menor e o aprendizado é maior”, explica Luciana.
Além da Disdal, o grupo opera a Mônaco Patrimonial, que administra imóveis e CDs, e a Ferrari Transportadora, especializada em logística e locação de equipamentos.
Com 1.500 funcionários e 50 veículos de pronta entrega, a empresa atende mais de 19 mil pontos de venda no Centro-Oeste e Norte. Os caminhões funcionam como CDs móveis.
“Transformamos a dor em ação. A empresa virou nossa forma de seguir em frente”, diz Carolyne.