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De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Da Redação

26 de maio de 2025 às 14:37

A história do americano Ernest Garcia II ainda não virou filme ou série, mas isso deve acontecer em algum momento. Vendedor de carros usados, o empresário tem na ficha uma condenação por fraude, amizade com ex-vice-presidente americano e uma volumosa conta bancária.

DriveTime/Divulgação

O americano é dono de uma fortuna estimada em US$ 18,1 bilhões e ocupa a posição 121º entre as pessoas mais ricas do mundo.

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Advogado, Garcia II começou a sua carreira no mercado imobiliário. E foi lá em que obteve a condenação que marcaria a sua história, em 1990, aos 33 anos.

Ele se declarou culpado da acusação de fraude bancária por seu relacionamento com a Lincoln Savings & Loan em 1990, instituição que foi à falência entre o final dos anos 1980.  

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À justiça, admitiu ter obtido, de forma fraudulenta, uma linha de crédito de US$ 30 milhões e feito uma série de transações que ajudaram Lincoln a esconder dos agentes reguladores propriedades em terras com risco financeiro no deserto do Arizona.

Pela condenação, ficou três anos em liberdade condicional. No mesmo período, ele migrou para o mercado de carros usados, onde construiu o seu patrimônio nas últimas três décadas.

Para fazer isso, adquiriu a operação da Ugly Duckling, um negócio de aluguel de carros à beira da falência, por menos de US$ 1 milhão. Não conseguiu o esperado “turn around”. O sucesso só veio após fundir a operação com uma financeira e criar um novo modelo de negócio.

AFP/

Hoje, a DriveTime, o nome surgido em 2002 no processo de mudança, é a quarta maior varejista de carros usados dos Estados Unidos. O diferencial do jogo foi o nicho escolhido: comercializar os automóveis para pessoas que ninguém mais vendia. Isto é, com score ruim.

Por anos, Ernest Garcia II ficou longe dos holofotes. Não pode deixar de aparecer, porém, em 2017, à Bolsa de Valores de Nova York para acompanhar o filho Ernest Garcia III tocar o sino no IPO na Carvana, em que arrecadou US$ 250 milhões.

Criada dentro da operação da DriveTime, a startup, descrita como a “Amazon dos carros”, atua como uma plataforma online de venda de carros usados e negocia a cerca de US$ 75 atualmente, bem acima dos US$ 13 da oferta pública. O valor de mercado está em US$ 13,1 bilhões.

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