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Como a Delta dribla tarifas de 10% de Trump e otimiza sua frota com uma 'estratégia de motores'

Mateus Omena

16 de julho de 2025 às 13:59

Sean Gallup/Getty Images/

Nas viagens, é muito comum os passageiros encherem os bolsos com roupas íntimas para evitar despachar mala e driblar custos elevados.

Delta Air Lines/Divulgação

Por outro lado, a Delta Air Lines passou a adotar uma tática semelhante para contornar as tarifas de exportação das aeronaves.

Elijah Nouvelage/Bloomberg

A companhia aérea anunciou recentemente que, ao invés de enviar os aviões Airbus A321neo completos para os Estados Unidos, está removendo os motores Pratt & Whitney de suas aeronaves na Europa e enviando-os para o país, onde serão instalados em aviões em solo.

Nik Oik/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

Alguns modelos mais antigos da família A320neo foram paralisados devido a falhas nas turbinas originais, e esses aviões podem ser equipados com os motores retirados das novas aeronaves.

Delta/Divulgação

A Delta enfrentou dificuldades em operar esses novos aviões, pois os assentos ainda não têm a certificação dos reguladores competentes. No entanto, esses aviões podem ser enviados aos EUA sem custos adicionais assim que as disputas comerciais entre os EUA e a UE forem resolvidas.

Win McNamee/Getty Images

CEO da Delta, Ed Bastian, confirmou que a companhia começou a enviar um número "muito pequeno" de motores novos para os EUA. O executivo reiterou que a Delta não tem a intenção de arcar com as tarifas sobre as entregas de aeronaves.

Ele ainda destacou que essas tarifas foram parcialmente responsáveis pela escassez de aeronaves no país.

Andrew Reynolds/AFP

Atualmente, aeronaves fabricadas na Europa enfrentam tarifas de 10%, resultado das tensões comerciais durante o governo de Donald Trump.

Delta Air Lines/Divulgação

A Delta já demonstrou sua intenção de evitar esse custo, adotando soluções como a de voar com novos jatos de longo alcance da Airbus para o Japão antes de transportá-los para os EUA, o que permite esquivar-se das tarifas de importação.

Prática semelhante foi adotada em 2020, com aviões sendo redirecionados para locais como Amsterdã, Tóquio e El Salvador para driblar as taxas.