24 de abril de 2025 às 16:49
Nem tente acompanhar a rotina de Alexandre Costa, fundador e principal nome à frente da fabricante de chocolates Cacau Show, se não estiver com o cárdio em dia.
O Alê mantém uma rotina de 70 horas semanais de trabalho. O ritmo intenso inclui várias reuniões sobre a estratégia para a Páscoa, o “Natal” de uma empresa responsável por metade dos ovos de Páscoa vendidos no Brasil.
A agenda tem ainda visitas às principais lojas da maior rede de franquias do país — são 4.660 no total.
Com faturamento de 6,2 bilhões de reais em 2024 (21% a mais do que em 2023), a Cacau Show virou a maior empresa de chocolates do Brasil. Para este ano, a meta é chegar aos 8,4 bilhões de reais em receita. Mas, para o empresário, o show está só começando.
Em 2025, a Cacau Show e Alê estão às voltas com o maior projeto da história da companhia: um parque temático avaliado em 2 bilhões de reais em construção num terreno de 7 milhões de metros quadrados entre os municípios de Itu e Sorocaba, no interior paulista.
Por trás do investimento bilionário da Cacau Show está uma tese clara para Alê: no varejo do futuro, quem não entregar experiência ao cliente vai ficar para trás. O “sonho grande” do fundador da Cacau Show encontra respaldo entre especialistas do setor.
Em certa medida, o parque serve também como uma resposta aos desafios para a expansão da Cacau Show. A empresa reconhece estar perto do limite da presença geográfica no Brasil.
“Nosso teto está em torno de 5.500 lojas em 2.000 municípios”, diz Daniel Roque, vice-presidente da companhia. Com 4.660 lojas, a fabricante de chocolates está à frente de gigantes do varejo como o Grupo Boticário, de cosméticos, e a rede de farmácias Raia Drogasil.