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Aos 25 anos, ela lidera uma startup que usa IA para monitorar o cérebro. E já tem clientes gigantes

Daniel Giussani

23 de abril de 2025 às 15:15

Quando era criança, Daniele De Mari se acostumou a frequentar hospitais. A avó com câncer era levada a consultas e exames pela mãe, e Daniele ia junto.

“Eu via celular nascer, mas no hospital ninguém sabia de nada. Era tudo precário, mesmo em hospitais bons”, disse, em entrevista à EXAME durante o South Summit, evento de inovação que aconteceu neste mês em Porto Alegre, numa corealização entre IE University e o governo do RS

Leandro Fonseca /Exame

A indignação infantil virou propósito. Hoje, aos 25 anos, Daniele lidera a Neurogram, uma startup que usa inteligência artificial para entender padrões cerebrais.

Lucas Ninno/Getty Images

A plataforma ajuda médicos a interpretar exames de eletroencefalograma (EEG) com mais precisão, agilidade — e menos gambiarra. A empresa, fundada quando Daniele tinha 22 anos, já atende nomes de peso e negocia parcerias com grandes hospitais dos Estados Unidos.

A Neurogram também se tornou a primeira brasileira a fechar uma parceria com a Mayo Clinic, referência global em saúde. A instituição vai compartilhar dados de EEG com a startup paranaense.

Leandro Fonseca /Exame

“É como se todo mundo ainda guardasse exame de sangue em caixa de papelão e a gente tivesse criado o primeiro tubo de ensaio”, afirma Daniele.

Getty Images/Getty Images

Até o fim de 2025, o plano é alcançar 100 clientes e processar 500.000 exames neurológicos. “Nosso foco é simplificar a neurologia. A gente quer ajudar o neurologista a dar um diagnóstico mais rápido, mais preciso e com mais contexto”, diz.

A healthtech foi a primeira a oferecer laudos de EEG na nuvem e a única capaz de ler exames gerados por qualquer modelo de equipamento do mercado.

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