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Enólogo português dos 'vinhos impossíveis' quer triplicar vendas no Brasil com rótulos em mercados

Gilson Garrett Jr.

23 de junho de 2025 às 11:19

"Se tem um lugar onde dizem que elaborar vinho ali é impossível, é justamente esse lugar que o António quer trabalhar."

Essa é a frase que João Palhinha, português radicado no Brasil, usa para descrever o amigo, conterrâneo e colega de faculdade António Maçanita.

João, que há mais de dez anos é um dos responsáveis por trazer grandes vinhos de Portugal para este lado do Oceano Atlântico, destaca a personalidade e a trajetória única de António.

Foi com essa determinação que o enólogo português se destacou como um dos mais proeminentes de sua geração. Eleito Enólogo do Ano por importantes publicações, António Maçanita possui diversos projetos que resgatam uvas nativas de Portugal esquecidas e que elaboram bebidas únicas.

Divulgação/Divulgação

Sua carreira no mundo dos vinhos começou em 2000, nos Açores, mas foi só em 2004, aos 23 anos, que ele fez seu primeiro vinho. Desde então, já foram mais de 90 criações, com cerca de 30 delas disponíveis no Brasil.

João Palhinha, que conhece bem o mercado brasileiro, e António Maçanita agora trabalham juntos em um projeto para triplicar as vendas dos vinhos de António no Brasil, passando de cerca de 90.000 euros por ano para 300.000 euros por ano (aproximadamente R$ 1,9 milhão).

Embora pareça um valor modesto, é importante lembrar que os quatro projetos de António Maçanita em Portugal somam 600.000 garrafas por ano, e o Brasil ainda não está entre os dez primeiros países em vendas.

Além disso, os vinhos de Maçanita são de faixa de preço superior a R$ 250.

Entre as novidades, António Maçanita traz ao Brasil rótulos como o tinto alentejano Carta da Fita Preta, que será vendido no Pão de Açúcar.

E os rótulos tinto e branco do projeto de António no Douro, Brother & Sister, que estarão disponíveis no Verdemar. "Não é vinho commodity, tem a minha chancela", reforça António.

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