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Uber anuncia recompra de US$ 20 bilhões em ações, após lucro de US$ 1,4 bilhão no segundo trimestre

Recompra será quase três vezes superior aos US$ 7 bilhões anunciados no ano passado, depois de a empresa registrar seu primeiro lucro operacional em 2023

Lucro líquido da Uber no segundo trimestre aumentou 33% em relação ao ano passado (Reprodução/Unsplash)

Lucro líquido da Uber no segundo trimestre aumentou 33% em relação ao ano passado (Reprodução/Unsplash)

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 12h59.

Última atualização em 6 de agosto de 2025 às 13h55.

A Uber anunciou planos para recomprar US$ 20 bilhões de suas ações, demonstrando confiança no crescimento contínuo da empresa, mesmo diante das incertezas sobre o consumo nos Estados Unidos.

Essa recompra de ações será quase três vezes superior aos US$ 7 bilhões anunciados no ano passado, após a empresa registrar seu primeiro lucro operacional em 2023. A nova decisão segue o anúncio de um lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no segundo trimestre – aumento de 33% em relação ao ano passado.

O desempenho positivo também se reflete em uma previsão otimista para os gastos dos consumidores neste trimestre. As reservas brutas, que indicam o total gasto pelos clientes em todas as unidades de negócios da Uber, devem ficar entre US$ 48,5 bilhões e US$ 49,8 bilhões, superando a estimativa dos analistas de US$ 47,5 bilhões.

Além disso, a empresa espera que o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) fique entre US$ 2,19 bilhões e US$ 2,29 bilhões, possivelmente acima das expectativas dos analistas (US$ 2,22 bilhões). Após o início das negociações em Nova York, as ações da Uber caíram cerca de 1,2%, refletindo uma reação moderada ao anúncio.

Enquanto os setores de entrega de alimentos e pacotes impulsionaram os resultados positivos da Uber, o de mobilidade ficou ligeiramente abaixo das expectativas. No segundo trimestre, as reservas brutas atingiram US$ 23,8 bilhões, em comparação aos US$ 23,9 bilhões esperados por analistas.

Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, destacou que, apesar do clima econômico desafiador, a empresa segue apresentando bom desempenho e há expectativa de crescimento tanto nos EUA quanto globalmente. Em meio às preocupações sobre a desaceleração da demanda do consumidor, a Uber continua investindo em seu negócio de dados e em parcerias com veículos autônomos, o que a coloca em uma posição estratégica para o futuro.

No acumulado do ano, o preço das ações da empresa subiu mais de 45%, com os investidores animados por sua capacidade de fechar negócios significativos no mercado de robotáxis.

Investimentos em carros autônomos

Em maio, a Uber deu início à primeira operação de veículos autônomos por meio de seu app, em parceria com a Waymo, da Alphabet, dona também do Google. O serviço já funciona em cidades como Austin e Atlanta.

A empresa também fechou, em julho, um acordo multibilionário com a Lucid Motors, especializava em veículos elétricos e autônomos, para comprar pelo menos 20 mil carros ao longo de seis anos. Além disso, há futuras parcerias com o chinês Baidu para o mercado asiático e investimentos em startups como a Nuro, visando lançar uma frota de robotáxis em 2026.

Khosrowshahi afirmou que a Uber continuará investindo no setor de veículos autônomos, destacando que o mercado não terá um único vencedor.

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