Agência de notícias
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 11h20.
O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira, 6, que a Apple se comprometerá a investir mais de US$ 100 bilhões na fabricação de produtos nos Estados Unidos.
A empresa, que já fabrica grandes volumes de dispositivos, como o iPhone, em países como a China, agora busca transferir parte da sua produção para os EUA.
A medida visa driblar as tarifas impostas pelo governo de Trump, que tornaram os produtos da Apple mais caros para os consumidores americanos.
De acordo com um funcionário da Casa Branca, o foco principal dessa iniciativa é trazer a cadeia de suprimentos da Apple de volta aos EUA, com ênfase na produção doméstica de componentes críticos.
O compromisso da Apple com a produção interna é uma tentativa de reduzir os impactos das tarifas de importação, que aumentaram o preço dos produtos da empresa, como o iPhone, nos Estados Unidos.
A porta-voz da Casa Branca, Taylor Rogers, destacou em comunicado que a agenda econômica de Trump tem gerado trilhões de dólares em investimentos no país, fortalecendo a economia e gerando empregos para os americanos. "Esse anúncio é uma vitória para nossa indústria e ajudará a proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", afirmou Rogers.
Este novo investimento eleva o total de compromissos da Apple para os EUA para US$ 600 bilhões, de acordo com a Casa Branca. A empresa já havia anunciado planos de investir US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos, incluindo a construção de novas instalações de fabricação, como uma unidade de servidores em Houston e um complexo de fornecedores em Michigan.
Com esse novo compromisso, a Apple amplia significativamente seu investimento no território americano.
No início deste ano, Trump alertou a Apple sobre a imposição de uma tarifa de pelo menos 25% caso a empresa não transferisse a fabricação do iPhone para os EUA.
Essa ameaça foi feita após um encontro entre Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, na Casa Branca. Cook, que tem liderado os esforços da Apple para conseguir uma isenção tarifária para os iPhones, continua a negociar com o governo dos EUA para evitar custos adicionais com tarifas.
O impacto dessas tarifas é significativo, pois, se mantidas, podem corroer as margens de lucro da Apple, aumentar os preços para os consumidores e até afetar sua competitividade no mercado, especialmente em relação à Samsung Electronics e outros concorrentes estrangeiros.
O anúncio ocorre em um momento de intensificação das políticas tarifárias de Trump, com o governo americano se preparando para lançar uma tarifa sobre produtos com chips semicondutores.
Além disso, outras tarifas específicas por país deverão entrar em vigor em breve. A Apple, se conseguir uma nova isenção tarifária, pode evitar os custos tarifários que analistas acreditam que poderiam prejudicar a empresa no curto prazo.