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Proposta do Google para vender parte de seu negócio de anúncios não anima governo dos EUA

Autoridades americanas e europeias investigam suposto monopólio do Google em tecnologia de publicidade digital

Google: Decisão judicial permitiu à empresa manter o navegador Chrome e o sistema operacional Android (Greg Baker/AFP)

Google: Decisão judicial permitiu à empresa manter o navegador Chrome e o sistema operacional Android (Greg Baker/AFP)

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 06h32.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) afirmou que a proposta do Google de vender partes de seu negócio de tecnologia de anúncios não atende às exigências de dissolução total da empresa. O caso envolve alegações de que a gigante da tecnologia monopolizou ilegalmente dois mercados de publicidade digital.

Segundo a advogada externa da Alphabet Inc., Jeannie Rhee, a proposta do DoJ vai além do que a empresa considera viável: uma "separação técnica completa e alienação" da plataforma de publicidade AdX.

O Google avaliou vender partes de seu negócio, mas manteria essas unidades sob o guarda-chuva da Alphabet, sem uma cisão total.

Detalhes do caso e medidas regulatórias

O Google opera serviços de compra e venda de anúncios, além de uma plataforma de leilões em tempo real que conecta anunciantes e editores. Antes da ação judicial iniciada em 2023, a empresa propôs separar sua unidade de leilões e veiculação de anúncios em uma empresa distinta, mas ainda controlada pela Alphabet.

A juíza Leonie Brinkema, que supervisiona o processo, afirmou que “a viabilidade técnica é a questão central” e permitiu que o DoJ apresente informações limitadas sobre a separação tecnológica.

Nos Estados Unidos e na Europa, autoridades regulatórias apontaram que o Google favoreceu suas próprias ferramentas de anúncios, prejudicando a concorrência.

Recentemente, a União Europeia aplicou uma multa de 3 bilhões de euros (US$ 3,5 bilhões) por práticas comerciais irregulares.

Nos EUA, o DoJ busca que o Google venda imediatamente sua plataforma AdX e permita que sua tecnologia funcione também com rivais. Em paralelo, a empresa obteve vitória em outro caso antitruste envolvendo o navegador Chrome, quando o juiz Amit Mehta rejeitou a proposta de forçar sua venda.

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