Imaginação gráfica de como será o conjunto de câmeras do novo iPhone 17 Pro (Reprodução)
Repórter
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 13h37.
Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 06h38.
O lançamento do iPhone deixou de ser um evento marcado pela corrida por novidades indispensáveis e passou a refletir um hábito de consumo quase automático. Para milhões de usuários, a troca acontece quando a bateria já não dura o dia ou quando o processador se arrasta diante dos aplicativos.
Nesse cenário, a Apple se prepara para apresentar nesta terça-feira, 9, o iPhone 17, que deve trazer mudanças incrementais, mas ainda longe de uma revolução.
A vitória de Trump sobre a China: Apple fará todos os iPhone 17 na Índia antes do lançamento oficialHá alguns anos, escolher um iPhone era uma decisão ativa, marcada pelo diferencial do ecossistema, do sistema operacional fluido e da câmera avançada.
Hoje, com a evolução dos aparelhos Android, que já incorporam recursos como o carregamento magnético similar ao MagSafe, a lista de atributos exclusivos do smartphone da Apple diminuiu. A consequência é um ciclo de substituição mais espaçado: consumidores mantêm seus aparelhos por quatro ou cinco anos, e não mais trocam anualmente.
Para essa base de usuários, a empresa prepara novidades que podem dar a sensação de avanço. Rumores indicam que o modelo básico do iPhone 17 terá, pela primeira vez, a tela ProMotion, com atualização de 120 Hz. Outros recursos lançados nos últimos anos, como a Ilha Dinâmica e o Controle de Câmera, ganham mais peso quando considerados em conjunto — especialmente para quem ainda tem aparelhos das gerações 13 ou 14.
No topo da linha, as mudanças parecem mais radicais. O iPhone 17 Pro deve trazer uma nova identidade visual: câmeras reposicionadas em um módulo alongado, opção de cor laranja vibrante e a redução do modelo Plus a um iPhone Air mais fino. O sistema também será o primeiro a mostrar o Liquid Glass, linguagem de design do iOS 26 que aposta em elementos translúcidos, com estética próxima à da realidade aumentada.
Falta, no entanto, a peça mais aguardada: uma Siri renovada por inteligência artificial. A expectativa era que o Apple Intelligence, lançado no início do ano, inaugurasse um assistente mais proativo, capaz de organizar rotinas e executar tarefas complexas em linguagem natural. Por enquanto, as maiores promessas seguem adiadas, e os usuários terão de se contentar com ajustes visuais e pequenas adições de software.
A Apple vive o dilema de um mercado maduro, em que os avanços são incrementais e a urgência por trocar de celular diminuiu. Para especialistas, as mudanças no iPhone 17 têm mais valor simbólico do que prático: sinalizam que há algo novo à espera, mesmo que não transformem a experiência.
Na prática, isso pode ser suficiente. O efeito acumulado de anos de pequenas atualizações, somado ao novo design, tende a convencer quem já estava pronto para a troca. Para os críticos mais atentos, porém, a impressão é de uma inovação que permanece na superfície — chamativa, mas limitada.