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Cientistas testam com sucesso em ratos vacina contra Ebola

Não existem vacinas para humanos contra a doença; especialistas temem que o vírus possa ser usado em ataques terroristas

Enfermeira (E) e médico cuidam de paciente diagnosticado com o vírus Ebola (AFP/Arquivo/Christopher Black)

Enfermeira (E) e médico cuidam de paciente diagnosticado com o vírus Ebola (AFP/Arquivo/Christopher Black)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 17h27.

Washington - Cientistas americanos anunciaram esta semana ter feito avanços no combate ao vírus mortal Ebola, com uma vacina experimental que obteve 80% de eficácia em ratos.

O Ebola, um vírus africano raro mas conhecido, é temido por poder se tornar uma arma letal de bioterrorismo, pois mata suas vítimas devastando seu sistema imunológico, causando insuficiência em múltiplos órgãos e provocando a morte por hemorragia.

O vírus apareceu pela primeira vez há 35 anos, mas ainda não foi desenvolvida uma vacina para imunizar os humanos.

Mas cientistas do Arizona (sudoeste dos Estados Unidos) anunciaram na segunda-feira, nas Atas da Academia Nacional de Ciências, o desenvolvimento de uma vacina que funde um anticorpo com plantas de tabaco.

Os cientistas captaram uma proteína da superfície do vírus, a fundiram com um anticorpo que reconhece a proteína viral e produziram a vacina em plantas de tabaco.

Em seguida, o complexo imune derivado da planta foi injetado em ratos, juntamente com outra substância química de estímulo imunológico, denominada PIC.

Oito em dez ratos vacinados sobreviveram a uma infecção posterior de Ebola. Todos os ratos que não tomaram a vacina antes de ser infectados com o vírus morreram.

Os cientistas advertiram que é necessário fazer mais pesquisas para determinar se a vacina é segura e eficaz em humanos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1976 foram registrados 1.850 casos de Ebola, e 1.200 mortes.

O vírus tem um reservatório natural em várias espécies de morcego da fruta africano. Gorilas e outros primatas não humanos também são suscetíveis a contrair a doença.

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