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Netflix contrata banco para avaliar possível compra da Warner Bros. Discovery

Apesar do suposto interesse da companhia nas operações da Warner, a oportunidade também atrai as rivais Prime Video e AppleTV+

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 31 de outubro de 2025 às 15h25.

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Em meio à disputa pela liderança dos streamings, a Netflix (NFLX) estaria interessada em adquirir os estúdios e a plataforma HBO Max da Warner Bros. Discovery. Segundo a Reuters, a companhia estaria "explorando" uma proposta para a empresa e contratou um banco para avaliar uma possível oferta.

De acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias, a Netflix já teria acesso à "sala de dados" da Warner Bros. Discovery, um repositório de informações financeiras essenciais para que a plataforma possa fazer uma oferta.

Mas a Netflix não é a única empresa de olho nessa oportunidade. As rivais Amazon Prime Video e Apple também estão considerando adquirir parte ou a totalidade da Warner Bros. Discovery, segundo informações da Bloomberg. Além disso, o co-CEO da Comcast, Mike Cavanagh, sinalizou que um acordo não está descartado.

Hora de novas fusões?

Quando questionado sobre a possível venda da Warner Bros. Discovery, Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, comentou em uma teleconferência de resultados que, historicamente, a empresa tem se mostrado mais "construtora do que compradora". No entanto, Sarandos acrescentou que a Netflix continua avaliando oportunidades de fusões e aquisições, desde que tragam valor para o negócio.

“Em geral, acreditamos que podemos ser e seremos seletivos”, afirmou Sarandos. “Temos um excelente modelo de negócios. Estamos principalmente focados no crescimento orgânico, investindo de forma agressiva e responsável nesse crescimento.”

O executivo também enfatizou que a Netflix "não tem interesse em possuir redes de mídia tradicionais", como CNN, TNT e HGTV, que estão sob a propriedade da Warner Bros. Discovery.

Momento desafiador no Tudum

A Netflix registrou lucro de US$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025. O lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) da empresa foi de US$ 5,87, abaixo do esperado. O consenso do mercado era de US$ 6,97.

Apesar do crescimento em receita, teve margem lucro afetado pela tributação brasileira. A receita do período foi de US$ 11,51 bilhões, 17,2% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado.

Em carta aos acionistas, a gigante do streaming declarou que a margem de lucro da companhia foi de 28%, abaixo do esperado, “devido a uma despesa relacionada a uma disputa em andamento com as autoridades fiscais brasileiras, que não estava em nossa previsão". O valor, diz o texto, foi em torno dos US$ 619 milhões. "O impacto acumulado (aproximadamente 20% relacionada ao ano de 2025, com o restante referente a 2022-2024) reduziu nossa margem operacional do Q3'25 em mais de cinco pontos percentuais”.

Sem essa despesa, a empresa teria superado a previsão de margem operacional para trimestre. "Não esperamos que esse assunto tenha um impacto material nos resultados futuros”, diz o texto. A margem esperada para o trimestre era de 31,5%.

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