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Arlindo Cruz morre aos 66 anos e deixa legado de mais de 500 canções

Arlindo Cruz, ícone do samba, conquistou gerações com suas canções e amor pela cultura popular brasileira

Arlindo Cruz: mestre do samba e compositor imortal, deixou um legado imenso para a música brasileira. (Getty Images)

Arlindo Cruz: mestre do samba e compositor imortal, deixou um legado imenso para a música brasileira. (Getty Images)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 15h09.

Última atualização em 8 de agosto de 2025 às 15h19.

Morreu nesta sexta-feira, 8, o cantor e compositor Arlindo Cruz, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela mulher do artista, Babi Cruz, ao g1.

Arlindo Domingos da Cruz Filho, conhecido como Arlindo Cruz, foi um dos maiores nomes da música brasileira, especialmente no samba e no pagode.

Nascido em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro, Arlindo demonstrou sua paixão pela música desde cedo, incentivado por seu pai, músico amador, que lhe apresentou seu primeiro cavaquinho aos 6 anos.

Carreira nas rodas de samba

Sua carreira começou nas rodas de samba do bairro do Cacique de Ramos, onde teve contato com grandes nomes como Jorge Aragão, Beto sem Braço e Almir Guineto. Arlindo foi um dos membros fundadores do Fundo de Quintal, grupo que ajudou a consolidar o samba de raiz e a cultura carnavalesca carioca. Passou cerca de 12 anos no grupo, onde também desenvolveu sua veia como compositor.

Na década de 1990, Arlindo iniciou sua carreira solo, conquistando o Brasil com discos e shows repletos de clássicos que atravessaram gerações.

Entre suas composições mais famosas estão Meu Nome é Favela, Ainda é Tempo pra Ser Feliz, Casal Sem Vergonha (em parceria com seu irmão Acyr Marques) e Coisa de Pele (escrita com Jorge Aragão). Arlindo Cruz é autor de mais de 500 canções gravadas, tornando-se um dos principais compositores da música brasileira.

Além da sua carreira musical, Arlindo Cruz foi reconhecido pelo seu compromisso com a cultura popular e social. Em 2014, ele inaugurou o Espaço Cultural Arlindo Cruz, em Realengo, Rio de Janeiro, um projeto dedicado a oferecer cursos de música e arte para jovens e adultos de comunidades carentes.

A pausa por AVC e o legado imortal

Em março de 2017, Arlindo Cruz sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, que resultou em uma internação de mais de um ano.

As sequelas do AVC o impediram de retornar aos palcos. Durante o processo de recuperação, o músico recebeu apoio constante de sua família, especialmente sua esposa Barbara Barbosa Macedo da Cruz e seu filho Arlindinho, também músico, que ajudaram a preservar sua obra e memória.

Ao longo de sua carreira, Arlindo Cruz recebeu diversos prêmios, incluindo o 26º Prêmio da Música Brasileira, além de conquistas no samba-enredo para escolas como Império Serrano e Unidos de Vila Isabel, entre outras.

Arlindo Cruz deixa um legado imenso para a música brasileira. Seu nome será lembrado não apenas pela qualidade e emoção de suas composições, mas também pela influência que exerceu sobre artistas de uma geração inteira e pelo amor dedicado à cultura do samba.

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