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Ludmilla abraça o R&B em novo álbum e reflete 'momento de amadurecimento' na carreira

A EXAME participou da coletiva com a cantora para o lançamento de Paraíso", canção pop e R&B dedicada à esposa e filha, que nasceu em maio deste ano

Ludmilla celebra a intimidade e o amor familiar no single 'Paraíso'

Ludmilla celebra a intimidade e o amor familiar no single 'Paraíso'

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 9 de junho de 2025 às 16h27.

Última atualização em 9 de junho de 2025 às 16h28.

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A cantora Ludmilla vem ano após ano provando que não existe um estilo de música que ela não consiga cantar. Desde o início da carreira transitou entre o funk, o pop e o pagode, e agora vai lançar um novo álbum de R&B, seguindo os passos de Beyoncé, uma das maiores cantoras pop da atualidade — e sua principal ídola.

O anúncio foi feito no último sábado, 7, durante mais um show da temporada do "Numanice", projeto musical de maior sucesso da cantora nos últimos anos, no Centro Esportivo Tietê, Zona Norte da capital paulista.

"Esse é o melhor momento da minha vida, tanto profissional, quanto pessoal. Eu fiz 30 anos, todo mundo sempre falava dessa idade, falava que era a época que você ficava mais madura, mais segura, mais dona de si. Realmente, tudo isso tem acontecido comigo. Por estar nesse momento, eu decidi que esse ano eu vou lançar um álbum de R&B", disse Ludmilla em coletiva de imprensa no sábado, 7, da qual a EXAME fez parte. "Sou uma cantora popular brasileira, minhas músicas têm muito alcance, e eu sempre gosto de me desafiar", completou.

Já no show a cantora apresentou o primeiro single do novo álbum, “Paraíso”, que mistura o R&B e pop e marca uma nova fase na carreira da artista.

Romance no 'Paraíso'

A canção, acrescentou a artista, é uma resposta simbólica à clássica “O Que É o Amor”, de Arlindo Cruz. Afirma com convicção um amor concreto e vivido: “Se perguntar o que é o amor pra mim / eu sei responder, eu sei explicar”.

No videoclipe, também lançado no show, Ludmilla e Brunna Gonçalves, esposa da cantora, são apresentadas duas Evas no Jardim do Éden, mordendo juntas a maçã proibida. A imagem subverte o mito original e ressignifica o paraíso como um espaço de liberdade, aceitação e amor entre iguais.

"Essa música é praticamente uma expressão de um sentimento. É sobre eu me tornando mãe, construindo a minha família com minha esposa maravilhosa, depois de passarmos tanto tempo presas pelas garras do preconceito", comentou a cantora. "A gente passou dois anos da nossa vida namorando escondido, foram dois anos muito difíceis. Mas hoje podemos gritar o nosso amor para todo mundo e, enfim, ver ele se multiplicar na cena com a nossa filha".

Ludmilla se casou com a dançarina Brunna em dezembro de 2019 e, em maio desse ano, o casal deu à luz à primeira filha, chamada Zuri.

"Toda família é família, amor é livre. E essa música representando tanto, assim, no mês do orgulho, no mês que eu e Bruna nos assumimos em 2019, é carregada de sentimento", completou a artista.

Referências musicais e representatividade na mídia

"Paraíso" também traz uma atmosfera nostálgica, e resgata elementos do R&B dos anos 2000 com referências a artistas como D’Angelo, Mariah Carey e Keyshia Cole.

A guitarra, que se tornou o coração da música, e a delicadeza do violão de bossa nova foram cuidadosamente equilibrados para manter a identidade do gênero musical, como explicou o produtor Machadez, que esteve à frente da produção junto com Ajaxx.

Já a produção, disse a artista durante a coletiva, é mais moderna e sofisticada, e chega em um momento de amadurecimento na carreira.

"O R&B é paixão minha que eu já tinha guardado há muito tempo, inclusive as minhas músicas eram R&B, mas eu transformei elas em pagode para a galera ir se acostumando e vendo esse meu lado mais sentimental, mais emotivo. Deu certo. E agora, meu amor, vem canhão aí", brincou a artista.

A aproximação com o estilo musical reforça também a presença que a artista tem no mercado como cantora preta e LGBT+.

"Ser a única preta no meio do charge, das manchetes, é uma representatividade gigantesca. Mas também fardo bem pesado, porque ao mesmo tempo que é muito incrível, é um lugar meio solitário", destacou.

"Creio que agora muita coisa está mudando por conta da internet, a gente consegue acessar as coisas através de um clique e, antigamente, a indústria não era assim. O cenário é otimista, a gente tem se atualizado, tem melhorado. Claro, tem muita coisa ainda, né, para melhorar, mas é incrível, me sinto muito honrada nesse lugar, uma responsabilidade gigante de representar tanta gente preta, tanta mulher elétrica, tanto público, a comunidade inteira", finaliza.

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