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Festival de Cannes presta homenagem ao cineasta brasileiro Cacá Diegues

Diegues, falecido em 14 de fevereiro, é um dos percursores do Cinema Novo e autor de obras populares como "Bye Bye Brasil" (1979) e "Xica da Silva" (1976)

Cacá Diegues: homenageado no Festival de Cannes com documentário sobre sua vida e obra. (Wilson Dias/Agência Brasil/Wikimedia Commons)

Cacá Diegues: homenageado no Festival de Cannes com documentário sobre sua vida e obra. (Wilson Dias/Agência Brasil/Wikimedia Commons)

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Publicado em 19 de maio de 2025 às 16h04.

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O Festival de Cannes prestou homenagem ao falecido cineasta Cacá Diegues, considerado um dos melhores e mais populares cineastas do Brasil, ao exibir o documentário "Para Vigo me voy", nesta segunda-feira (19), quando completaria 85 anos.

Diegues, falecido em 14 de fevereiro, é um dos percursores do Cinema Novo e autor de obras populares como "Bye Bye Brasil" (1979) e "Xica da Silva" (1976), considerado o primeiro filme brasileiro com uma heroína negra.

Documentário e legado do cineasta

O documentário, exibido na presença de Renata Magalhães, sua esposa, e Isabel, sua filha, incluía imagens das últimas entrevistas de Diegues, nas quais ele fala sobre sua obra, sobre o Brasil e sobre recordações da vida. O longa conta com imagens da sua filmografia, incluindo passagens do diretor e de protagonistas dos filmes.

"Para Vigo me voy" é uma referência à "Bye Bye Brasil", um filme sobre uma companhia de teatro que cruza o país. O filme levou o cineasta a concorrer por uma Palma de Ouro.

Diegues esteve uma dúzia de vezes em Cannes, a maioria delas para apresentar filmes, mas também como membro do júri, lembrou Diogo Dahl, produtor do documentário.

"Hoje ele volta poeticamente em forma de filme", disse na exibição.

Reconhecimento e influência no cinema brasileiro

"Cacá, além de cineasta, lutou muito pelo cinema brasileiro, pela continuidade do cinema brasileiro, pela democracia, pela liberdade, pelo protagonismo negro", afirmou Karen Harley, codiretora do filme, junto a Lírio Ferreira, também presente.

Por coincidência do calendário, na véspera estreou "O agente secreto", do brasileiro Kleber Mendonça Filho, que concorre à Palma de Ouro.

Grande cinéfilo, Mendonça Filho recordou a figura do cineasta.

Quando já era octogenário, Diegues "apoiou muito 'Aquarius', meu filme, como uma espécie de mentor, e depois 'Bacurau'", disse à AFP. "Ele tinha uma generosidade muito grande".

"Para Vigo me voy" entrou no concurso Olho de Ouro, que premia o melhor documentário de todas as categorias.

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