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‘Estrela da Morte’: EUA atacam dutos de ventilação de bunker no Irã em estratégia Star Wars; entenda

Nas redes sociais, usuários comparam bombardeio a Fordo a destruição da Estrela da Morte;

Estrela da Morte: usuários compararam o ataque aéreo dos EUA a Fordo com a destruição da estação espacial no clássico de Star Wars (Star Wars/Reprodução)

Estrela da Morte: usuários compararam o ataque aéreo dos EUA a Fordo com a destruição da estação espacial no clássico de Star Wars (Star Wars/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 23 de junho de 2025 às 10h27.

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O ataque dos Estados Unidos à instalação nuclear subterrânea de Fordo, no Irã, gerou comentários até mesmo entre os fãs de cultura pop. Para muitos, a ofensiva remete à icônica cena de Star Wars: Uma Nova Esperança, quando um projétil é lançado na abertura de exaustão térmica da Estrela da Morte.

“Atingir um duto de ventilação faz sentido, pois o canal de ar já penetra a rocha espessa, rompendo sua integridade”, explicou Mark Fitzpatrick, especialista do International Institute for Strategic Studies, ao The New York Times.

Frases como “é um pequeno duto de exaustão térmica, logo abaixo do porto principal. O eixo leva direto ao reator” foram replicadas em tom de piada em diversas postagens em redes sociais como Reddit e em grupos israelenses no Telegram. Outros usuários brincaram que os aviões usados pareciam “emprestados da Aliança Rebelde” e que um certo “engenheiro chamado Galen Erso” (personagem fictício da saga) teria deixado a vulnerabilidade de propósito.

Especialistas veem lógica militar, público vê ficção científica

Enquanto especialistas avaliam que os ataques com bombas de 13 toneladas visaram de fato o colapso da estrutura subterrânea — algo confirmado por imagens de satélite que mostram entrada de túneis cobertas de terra e marcas de impacto —, a reação popular adotou um tom bem mais cinematográfico.

Segundo o New York Times, as estruturas atacadas correspondiam a pontos observados apenas nas primeiras imagens de Fordo, em 2009, e posteriormente enterrados em 2011.

A escolha desses alvos sugere que os Estados Unidos utilizaram inteligência detalhada para atingir precisamente os canais de ventilação — assim como os rebeldes fizeram com a Estrela da Morte.

David Albright, ex-inspetor da AIEA, disse ao The Economist que destruir esses dutos pode inutilizar Fordo por anos, e classificou o dano como “estrategicamente devastador”. Ele evitou comparações com a cultura pop, mas reconheceu que os dutos representam um “ponto crítico, com efeito cascata no funcionamento do complexo”.

Meme como linguagem de guerra

Imediatamente após os bombardeios, a internet foi tomada por memes que mesclavam aviões B-2 com naves X-Wing, e mapas do complexo iraniano com sobreposições do sistema de ventilação da Estrela da Morte. A estética dos ataques e a escolha do alvo ativaram o imaginário coletivo sobre estratégias de precisão dignas de ficção científica.

Apesar de a comparação não ter sido feita por autoridades americanas ou especialistas diretamente, a associação entre Fordo e o universo de Star Wars se consolidou como uma espécie de catarse coletiva. Segundo o portal JFeed, os memes foram uma forma de o público processar o choque do ataque e seu potencial impacto geopolítico.

Embora ainda não haja confirmação oficial sobre o grau de destruição do centro de enriquecimento de urânio, fontes militares dos EUA e de Israel indicam que Fordo foi “gravemente comprometido”. O presidente Donald Trump afirmou que o local foi “completamente obliterado”, mas análises de satélite continuam em andamento.

No universo real ou galáctico, o ataque a Fordo mostrou que, em plena era dos dados e dos drones, até um velho duto de ar pode ser a chave para redefinir o equilíbrio de forças no tabuleiro internacional.

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