'Superman': bilheteria atinge US$ 217 milhões no primeiro fim de semana (Imagem gerada com auxílio de Inteligência Artificial)
Repórter de POP
Publicado em 14 de julho de 2025 às 11h39.
Última atualização em 14 de julho de 2025 às 16h31.
Se no ano passado "Coringa: Folia à Dois" abria a temporada em cartaz com US$ 58,3 milhões — e começava a dar indícios de que se juntaria à lista de baixas bilheterias da DC Studios —, em 2025, o mais novo filme da marca mal chegou aos cinemas e já figura no top3 das maiores aberturas do ano.
"Superman", de James Gunn, arrecadou US$ 217 milhões (R$ 1,21 bilhão) globais no primeiro fim de semana. Só nos Estados Unidos, foram US$ 122 milhões, a terceira maior abertura de bilheteria do ano, atrás de "Minecraft" (US$ 162 milhões) e "Lilo & Stitch" (US$ 146 milhões). Do total arrecadando, US$ 30,4 milhões foram somente para sessões IMAX, cerca de 15,6% da bilheteria global.
No Brasil, o filme abriu com R$ 32,1 milhões, uma das maiores estreias do ano, atrás somente de "Lilo & Stitch", "Como Treinar Seu Dragão" e "Minecraft".
Quando o assunto é super-herói, até o momento, o longa ocupa a primeira posição. Superou com folga a estreia de "Capitão América: Admirável Mundo Novo", de US$ 88 milhões, e a de "Thunderbolts*", de US$ 74 milhões, ambos da Marvel Studios.
Fora do país norte-americano, a arrecadação foi um pouco abaixo do esperado. Não é incomum para uma produção cujo protagonista, ao menos nas versões anteriores, tinha como lema "verdade, justiça e o jeito americano de ser".
Mas o longa, que chegou aos cinemas brasileiros em 10 de julho, já foi abraçado pelo público e pela crítica, inclusive fora dos EUA. Com 82% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota A- no CinemaScore, a nova versão do herói com cueca por cima da calça tem se tornado uma resposta clara à leva de fracassos anteriores da DC, como "The Flash", "Shazam: Fúria dos Deuses" e "Besouro Azul": o fã ainda não desistiu.
Diferente das versões mais recentes de Zack Snyder, o filme de Gunn apresenta um Superman (David Corenswert) mais otimista, esperançoso e colorido, que tenta provar a boa índole à humanidade diante dos planos de Lex Luthor (Nicholas Hoult) para colocá-lo contra a opinião pública. Ao lado de Lois Lane (Rachel Brosnahan) e de Krypto, o Supercão, ele embarca numa jornada de redenção e força moral, bem mais próxima de Clark Kent que de Kal-El.
O filme marca o início da reestruturação da DC, que começou oficialmente em 2022, com a chegada de James Gunn e Peter Safran ao comando criativo. O CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, afirmou na época que o objetivo era claro: unificar o universo dos heróis sob uma visão única. “Superman” é o primeiro teste da proposta — e já prepara o terreno para o futuro, com produções como “Supergirl” e “Clayface” previstas para 2026.
O bom desempenho de "Superman" anima. Mas até o final do ano, se o herói não manter o voo, pode perder o lugar no ranking para concorrentes. Ainda em julho estreia "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos", o maior lançamento do ano da marca concorrente.
“Superman” lidera um verão norte-americano recheado de grandes estreias para a Warner, que precisa mais do que nunca de bons resultados no cinema para reverter parte da dívida bruta de US$ 38 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Recentemente, a empresa anunciou a "desfusão" com a Discovery como forma de tornar os negócios mais ágeis e recuperar o valor perdido no mercado financeiro.
Até o momento, a bilheteria tem sido a aliada mais promissora."Minecraft: O Filme" se tornou a terceira maior bilheteria do ano (US$ 955 milhões), e "F1: O Filme", ainda em cartaz, ocupa a oitava posição (US$ 393 milhões). O surpreendente "Pecadores", história original, aparece ainda no top 10, com US$ 365,8 milhões. Somadas todas as bilheterias do estúdio em 2025, a arrecadação já passa dos US$ 2 bilhões.
A temporada de filmes de 2024 promete encerrar com saldo positivo. Segundo a Comscore, as receitas do cinema nos Estados Unidos estão 15% acima de 2023, embora ainda 24% abaixo dos níveis pré-pandemia , em 2019.